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25 de setembro de 2019

Sob tensão e crise: a hora do herói!

As virtudes heroicas, que quando constatadas na vida de um católico que deixou este mundo com fama de santidade, constituem o passo precedente ao título de Venerável no processo de canonização, indica uma santidade posta à prova, sobretudo nas contrariedades (melhor dizendo...'sobretudo', não. Sempre!) devidamente experimentada no fogo e não apenas aquela "virtude teórica e autoproclamada", situação em que qualquer tosco e destreinado passa-se por sábio...

Trago à baila uma intrigante reflexão, não sem exigir do nobre leitor, um esforço imaginativo: suponha que determinada pessoa gabe-se de saber de tudo um pouco e sempre tenha, na ponta da língua, as soluções (retiradas de livrecos modinha e frases motivacionais fortuitas) para crises alheias. Ora, tal sabedoria teórica só poderá ser levada a sério caso seja posta à prova e resista à turbulência das provações e, ainda, se seu portador restar intacto e em paz após seu decurso. E, dada a impossibilidade de tal verbo vir a se fazer carne, tomo emprestado o realista incentivo do Capitão Nascimento: "NUNCA SERÃO!"

Heróico é bradar como o profeta Daniel pela vida de Susana. Heróico é resistir como José do Egito aos encantamentos da bela esposa do faraó. Heróico é morrer gritando "Viva Cristo Rei", com os pés descamados, nas mão de cruéis assassinos, como o jovem mexicano José Luis Sanches Del Rio... Heróica é a obediência até a morte... e morte de cruz! Todo o resto não passa de frasezinhas de efeito, que jamais dirá muito a respeito de quem as diz ou escreve, ou, pior, sequer dirá algo que faça sentido em um mundo real e devidamente contextualizado.

Treinando, precariamente, alguns heroísmos,
Jeansley de Sousa

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