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“Vós que mantínheis
Vossa palavra mesmo dada ao infiel, fazei que jamais mentira passe
por minha boca, ainda que a franqueza devesse me custar a vida.”
(São Luis IX, rei da França)
Todos os pensadores
precisam, em algum momento, refletir sobre o conceito de Verdade,
ainda que deturpando-o para estabelecerem como idôneas as suas
mentiras. Nesse sentido, notamos todo um esforço filosófico, nos
últimos duzentos anos, visando relativizar a verdade. Raros são os
filósofos que escapam a essa linha... e se escapam, dificilmente se
consagram, afinal o cenário está armado para consagrar os
mentirosos mais toscos, e este palco relativista, por mais
contraditório que pareça, possui ares absolutos. A Filosofia, mãe
das ciências, tornou-se madrasta. As ciências modernas nasceram e
cresceram nesse berço de cegos e surdos, apesar da boa vontade de
uns poucos. Não quero aqui tirar a esperança de que católicos
possam ser bons psicólogos, sociólogos ou antropólogos. Aliás,
até torço para que eles, na sincera busca pela verdade, ajam como
Deus e consigam tirar de um mal um bem maior, contudo, o objetivo do
presente artigo não é tratar da Verdade e da mentira em ambientes
acadêmicos, ainda que as universidades estejam cheias de católicos
por quem o blog Sanctus Domini clama: Desperta, tu que dormes!
...Mas por falar em
católicos sonolentos...
Se a verdade há de ser
preocupação basilar de um filósofo, não deve ocupar menos espaço
na vida de um cristão. Afinal, para um cristão não há espaço
para conjecturas e relativismos nesse assunto: a verdade é uma
pessoa! A verdade é Deus! Foi da boca do próprio que ouvimos: “Eu
sou O caminho, A verdade e A vida.” É ler e crer. Não necessita
maiores explicações, portanto, não as farei.
Da mentira conhecemos a
paternidade sem necessidade de exame de DNA. Para tal conhecimento
bastou que a própria Verdade lho declarasse: “O Diabo é o pai da
mentira!” Quanto ao tamanho das pernas desta filha diabólica,
nunca medi, mas dizem que são curtas o suficiente para que, correndo
ligeiras, destruam histórias, reputações, valores, vidas... Não
há quem se salve: desde o mentiroso que se autodestrói e se
imbeciliza, passando pelo ouvinte leviano (e por isso mesmo, não sem
culpa) que fica com a má impressão registrada a respeito da vítima
e chegando ao próprio alvo da mentira que, em cem por cento das
vezes, não tem a menor chance de defesa. Afinal, fora do âmbito
jurídico (onde ataque e defesa possuem direitos garantidos, ao menos
em tese...) contraditório é concessão de almas nobres, jamais de
bisbilhoteiros, barraqueiros e fofoqueiros.
Os antigos diziam que
um homem honrado possui a palavra como o bem mais valioso. Muitos
negócios eram feitos somente na base da palavra. Para um homem
honrado, palavra dada é palavra cumprida (salvo motivos
justificáveis)! Evidentemente, se tal homem não tem credibilidade
em suas palavras e anda de fofoquinhas e disse me disse, não lhe
resta muita coisa que se aproveite em seu caráter. E isso,
obviamente, vale também para as mulheres! Ninguém está autorizado
pela Verdade a fofocar, a ouvir e dar créditos a historinhas, muito
menos passá-las adiante sem a devida e sincera busca pela verdade,
além, é claro, da igualmente sincera busca pela edificação de seu
próximo, que elimina aquela possibilidade bisonha do: “eu falo é
na cara mesmo!”, quando o melhor, talvez, fosse a sabedoria e a
frieza calculada do silêncio.
Comportamentos dissimulados, falta de
autenticidade, linguagem dupla, hipocrisia... são algumas das outras
formas medíocres com as quais a Verdade costuma ser atacada.
Lembremo-nos de que o Diabo é o pai da mentira, avô das mentirinhas
brancas e dos “aumento mas não invento”, além de bisavô de
todas essas picuinhas medíocres. Já o nobre Senhor a quem servimos
é distinto: Ele é a própria Verdade encarnada!
Na paz da Verdade e no
amor de Maria,
Jeansley de Sousa
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