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30 de julho de 2019

Até a última gota de suor: ao trabalho!

“O esforço para ordenar as realidades temporais segundo a vontade de Deus”, eis a melhor definição do trabalho secular, trazida por nosso quase contemporâneo São Josemaría Escrivá e ratificada por nosso grande Papa São João Paulo II. 


Alguns homens, por mais brutos que queiram transparecer, não percebem que a masculinidade lhes foge à existência por pura falta de atividade. O homem mantém-se homem pela força do trabalho. É assim desde Adão! Não adianta querer trapacear pois as aparências, os músculos, a fala grossa ou a brutalidade no pensar e no agir não são suficientes para construir a masculinidade. Não passam de caricaturas e sempre faltará o essencial: o suor do próprio rosto, o pão colocado com sacrifício sobre a mesa da família! E nem vem que o desemprego não é desculpa. Sempre haverá um lote para capinar, um terreno para plantar e colher, uma casa para reformar, mesmo que seja a sua própria. Sempre haverá um livro para ler e alguém para ajudar a partir do conhecimento adquirido nesse livro. Sempre haverá um canto para dobrar os joelhos e rezar pela esposa, pelos filhos, pelos amigos, pela salvação das almas. Não faltam motivos para acordar cedo, tomar um banho gelado (e já oferecer a Deus e às almas esse pequeno sacrifício de três minutos pulando em baixo do chuveiro gelado) e começar o dia agindo… trabalhando, se sacrificando, rezando e estudando. Serviço nunca falta! Há trabalho para todos. Se organizar direitinho, ninguém fica parado. 

Claro que não é necessário ir ao extremo oposto, supervalorizando a ação visível e desmerecendo vidas (invisíveis) de pessoas dedicadas à oração, como religiosos(as), ou à escrita, como muitos doutores a lá São Tomas. Se engana, por exemplo, quem pensa que oração precisa ser sempre a soma de ora+ação! É bonitinho e legalzinho, mas falso. Mero papo de teologia da libertação. A oração já é uma ação, um trabalho. E que trabalho! Joelhos no chão, com muita penitência e constância e inúmeras almas podem se salvar. Mais até, diria o Santo Cura D’Ars, do que o número que você conseguiria através da sua pregação. Mas se tiver talento (E CONHECIMENTO) para pregar, não custa usar o talento. Você, aliás, será cobrado por isso. Se seu talento maior for a escrita, não o enterre! Se não tiver talento para nada especial, tenho certeza que podes lavar um banheiro como ninguém. E, a depender do amor colocado nesse ato simples, a glória do lavador de banheiros poderá ser maior que a do pregador! Em suma, é possível rezar, ler e pregar, escrever, evangelizar (hoje até… sem sair de casa), cuidar dos filhos e lavar o banheiro (e não só o banheiro)! Enquanto tiver tempo e disposição, mínima que seja, mãos à obra! Dá pra fazer tudo e ainda sobra o domingo para o descanso e um churrasco com a família. O que não é admissível é, em plena guerra… em plenos tempos de tribulação e provação… em pleno vale de lágrimas… o bonitão ou a bonitona aí ficar descansado, procurando apenas conforto e prazer e, ainda por cima, reclamando que não é tão valorizado(a) e querido(a) quanto gostaria… Espere o julgamento final para ver que tipo de valorização Deus, que é Justo, dará aos preguiçosos! 

Na contramão dos preguiçosos, impressiona rever as imagens marcantes de São João Paulo II, se esforçando para rezar e pregar, até seu último suspiro. Lágrimas e suor de um papa trabalhador e missionário parecem se confundir. Todo o incentivo que eu possa lhe dar, ficará aquém dessas imagens! Mas insisto no apelo e incentivo, fazendo minhas as palavras justas e brutas de São Paulo, perto das quais todas as outras parecem afagos: “Se alguém não quiser trabalhar, também não deve comer!” Seja este o seu lema a partir de hoje! Mãos à obra! 

Meu nome é Trabalho! Sobrenome, Hora Extra! 
Jeansley de Sousa

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