A tendência é de que o isolamento em que nos encontramos hoje dure mais do que o planejado, ainda que disso eu discorde, por julgar que a vida e saúde do trabalhador mediano restará muito mais afetada no médio e longo prazo em razão disso do que da própria dita pandemia (e até julgo que será inevitável que rompam o isolamento para poder sustentar suas famílias e sobreviver). No entanto, o intuito desse artigo é partir da realidade de que, uma vez instalado o pânico, com todo o alarde que a grande mídia, tal qual urubu na carniça, vem fazendo... a tendência é que dure mais do que imaginamos. Essa é a realidade! E em tal situação iminente, as pessoas que possuem vida extremamente ativa no trabalho, daquelas que saem de casa de madrugada e retornam quase na outra madrugada (e mal têm tempo para Deus e para a própria família), sentirão um impacto muito maior e tenderão ao tédio, à tristeza e à depressão, assim como aqueles que possuem vida intensa na curtição: shows, boates, baladas, motéis… em duas ou três semanas, estarão enlouquecendo numa espécie de crise de abstinência coletiva.
No entanto, aqueles que já estão habituados à mortificação, ao recolhimento e oração (coisa que nossos nobres leitores, certamente, já estão), tenderão a, confiantes na Divina Providência, superar com paz interior esse período. Não à toa esse blog sempre alertou para o equilíbrio entre a exposição social e o recolhimento, criticando veementemente quaisquer “católicos” que, puxando a brasa para sua sardinha, condenasse um ou outro modo de se portar. Os dois são úteis e bem vindos! E o equilíbrio entre ambos nos livra do fanatismo e da perturbação! A única coisa que pode e deve ser demasiada (e, portanto, “desequilibrada”) é o nosso amor a Deus, pois Ele jamais nos falta e é imperativo amá-Lo com todas as nossas forças e com todo o nosso ser! E Ele sempre retribui com sua paz que nos preenche! Podemos viver entre tristezas, privações, decepções e cruzes… mas sempre em serena paz! Mesmo que não possamos sair de casa por uns tempos… aqui… às portas trancadas… Ele se faz sempre presente e nada nos falta!
Meus votos a todos os leitores desse blog (mesmo àqueles que discordam e perseguem) é que vocês aproveitem esses dias para amar (com atos e verdade) os seus de sua casa, seus próximos mais próximos; aproveite ainda para rezar mais, ler mais… as Sagradas Escrituras, o Catecismo, a vida dos santos, os artigos e vídeos desse blog… aproveite para assistir todos os cursos que puder do Pe. Paulo Ricardo, a acompanhar os programas mais instrutivos da TV Canção Nova, Prof Felipe Aquino, relembrar o saudoso Pe Léo nas noites de segunda-feira, fazer o Curso Online de Filosofia do Prof. Olavo de Carvalho, acompanhar as lives do Dr. Ítalo Marsili, os vídeos intrigantes de Bernardo Küster, as dicas de bons livros do Centro Dom Bosco, as aulas profundas de tomismo do Sidney Silveira, assistir todos os filmes, documentários e séries do Lumine TV, pesquisar e aprofundar o conhecimento da história e doutrina de nossa Igreja… Enfim, preparar, com o devido (e, por hora, obrigatório) recolhimento, sua alma, seu intelecto, bem como, seu espírito de caridade e generosidade para com sua família! Pois, muito em breve… quando a vida voltar ao normal, você verá que, pelo menos a sua, nunca mais será normal. Ela será extraordinária fonte para seus irmãos que, muito abalados após a quarentena, precisarão de ti como sal da Terra e luz do mundo!
Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa
Evidentemente, seria hipócrita e um tanto sarcástico de minha parte, eu que posso trabalhar em home office, exigir de um(a) trabalhador(a) que depende de seu negócio ou comércio para sobreviver, que simplesmente fique em casa e não esquente com nada! Reforço, com outras palavras, o que disse no primeiro parágrafo: parece-me inevitável que a necessidade de sobrevivência (e a própria saúde mental) forcem, em breve, a quebra do isolamento por parte de muitos (e estes deverão ser perfeitamente compreendidos - e mesmo apoiados - pelos demais! Questão de bom senso e caridade!) O ponto tratado no presente artigo, no entanto, é tão somente a paz interior que se deve cultivar nas adversidades e privações e, ainda que toda essa história esteja sendo forjada para beneficiar economicamente, no médio prazo, as nações X e Y (leia-se: Rússia e China), o fato é que nos foi imposta, coletivamente, uma contrariedade, um confinamento, uma estagnação... e o presente texto quer apenas ser uma pequena referência, uma luz para que os católicos leitores desse blog conservem-se serenos... e mais que isso: enxerguem nesse momento uma oportunidade de aperfeiçoamento espiritual e intelectual!
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