Busca por palavras citadas neste blog

20 de junho de 2012

Chiara Corbela Petrillo: uma nova Gianna Beretta Molla

Neste sábado, na igreja de Santa Francisca Romana, da capital italiana, foi celebrado o funeral da jovem Chiara Petrillo, falecida depois de dois anos de sofrimento provocado por um tumor.

A cerimônia não teve nada de fúnebre: foi uma grande festa em que participaram cerca de mil pessoas, lotando a igreja, cantando e aplaudindo desde a entra...da do caixão até a saída.

A extraordinária história de Chiara se difundiu pela internet com um vídeo no YouTube, que registrou mais de 500 visualizações em apenas um dia.

A luminosa jovem romana de 28 anos, com o sorriso sempre nos lábios, morreu porque escolher adiar o tratamento que podia salvá-la. Ela preferiu priorizar a gravidez de Francisco, um menino desejado desde o começo de seu casamento com Enrico.

Não era a primeira gravidez de Chiara. As duas anteriores acabaram com a morte dos bebês logo após cada parto, devido a graves malformações.

Sofrimentos, traumas, desânimo. Chiara e Enrico, porém, nunca se fecharam para a vida. Depois de algum tempo, chegou Francisco.

As ecografias agora confirmavam a boa saúde do menino, mas, no quinto mês, Chiara teve diagnosticada pelos médicos uma lesão na língua. Depois de uma primeira intervenção, confirmou-se a pior das hipóteses: era um carcinoma.

Começou uma nova série de lutas. Chiara e o marido não perderam a fé. Aliando-se a Deus, decidiram mais uma vez dizer sim à vida.

Chiara defendeu Francisco sem pensar duas vezes e, correndo um grave risco, adiou seu tratamento para levar a maternidade adiante. Só depois do parto é que a jovem pôde passar por uma nova intervenção cirúrgica, desta vez mais radical. Vieram os sucessivos ciclos de químio e radioterapia.

Francisco nasceu sadio no dia 30 de maio de 2011. Mas Chiara, consumida até perder a vista do olho direito, não conseguiu resistir por mais do que um ano. Na quarta-feira passada, por volta do meio dia, rodeada de parentes e de amigos, a sua batalha contra o dragão que a perseguia, como ela definia o tumor em referência à leitura do apocalipse, terminou.

Mas na mesma leitura, que não foi escolhida por acaso para a cerimônia fúnebre, ficamos sabendo também que uma mulher derrota o dragão. Chiara perdeu um combate na terra, mas ganhou a vida eterna e deixou para todos um testemunho verdadeiro de santidade.

“Uma nova Gianna Beretta Molla”, definiu-a o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, que prestou homenagem pessoalmente a Chiara, a quem conhecera havia poucos meses, juntamente com Enrico.

“A vida é um bordado que olhamos ao contrário, pela parte cheia de fios soltos”, disse o purpurado. “Mas, de vez em quando, a fé nos faz ver a outra parte”. É o caso de Chiara, segundo o cardeal: “Uma grande lição de vida, uma luz, fruto de um maravilhoso desígnio divino que escapa ao nosso entendimento, mas que existe”.

“Eu não sei o que Deus preparou para nós através desta mulher”, acrescentou, “mas certamente é algo que não podemos perder. Vamos acolher esta herança que nos lembra o justo valor de cada pequeno gesto do cotidiano”.

“Nesta manhã, estamos vendo o que o centurião viveu há dois mil anos, ao ver Jesus morrer na cruz e proclamar: Este era verdadeiramente o filho de Deus”, afirmou em sua homilia o jovem franciscano frei Vito, que assistiu espiritualmente Chiara e a família no último período.

“A morte de Chiara foi o cumprimento de uma prece. Depois do diagnóstico de 4 de abril, que a declarou doente terminal, ela pediu um milagre: não a própria cura, mas o milagre de viver a doença e o sofrimento na paz, junto com as pessoas mais próximas”.

“E nós”, prosseguiu frei Vito, visivelmente emocionado, “vimos morrer uma mulher não apenas serena, mas feliz”. Uma mulher que viveu desgastando a vida por amor aos outros, chegando a confiar a Enrico: “Talvez, no fundo, eu não queira a cura. Um marido feliz e um filho sereno, mesmo sem ter a mãe por perto, são um testemunho maior do que uma mulher que venceu a doença. Um testemunho que poderia salvar muitas pessoas...”.

A esta fé, Chiara chegou pouco a pouco, “seguindo a regra assumida em Assis pelos franciscanos que ela tanto amava: pequenos passos possíveis”. Um modo, explicou o frade, “de enfrentar o medo do passado e do futuro perante os grandes eventos, e que ensina a começar pelas coisas pequenas. Nós não podemos transformar a água em vinho, mas podemos começar a encher os odres. Chiara acreditava nisto e isto a ajudou a viver uma vida santa e, portanto, uma morte santa, passo a passo”.

Todas as pessoas presentes levaram da igreja uma plantinha, por vontade de Chiara, que não queria flores em seu funeral. Ela preferia que cada um recebesse um presente. E no coração, todos levaram um “pedacinho” desse testemunho, orando e pedindo graças a esta jovem mulher que, um dia, quem sabe, será chamada de beata Chiara Corbela.

fonte: (ZENIT.org)

7 comentários:

  1. “E nós”, prosseguiu frei Vito, visivelmente emocionado, “vimos morrer uma mulher não apenas serena, mas feliz”. Uma mulher que viveu desgastando a vida por amor aos outros, chegando a confiar a Enrico: “Talvez, no fundo, eu não queira a cura. Um marido feliz e um filho sereno, mesmo sem ter a mãe por perto, são um testemunho maior do que uma mulher que venceu a doença. Um testemunho que poderia salvar muitas pessoas...”.

    NA CONTRAMÃO DA CULTURA DE MORTE! UM BELÍSSIMO TESTEMUNHO!

    ResponderExcluir
  2. Sem comentários... Vida sempre! Eu a cerca de dois meses fui escolhido por um professor para fazer parte de um ciclo de debates que tem como tema o direito a vida no ordenamento jurídico brasileiro e suas influências ( Estado laico, surgimento de direitos de 4° geração, costume e moral). O intuito do ciclo de debates é fazer uma análise do posicionamento atual da doutrina e da jurisprudência acerca do tema, para melhor deslinde os alunos foram divididos em três grupos, e cada grupo deveria debater acerca dos subtemas, eu fique com Estado laico. Resumindo não esta acontecendo um debate e sim um massacre, pois eu sou o único entre os dez do meu grupo que tem o posicionamento de que o direito a vida é absoluto e não pode ser relativizado. Na minha sustentação oral eu nunca disse qual era a minha religião e nem citei bíblia ou catecismo, apenas utilizei a constituição e citei as diversas fontes históricas do direito brasileiro, no entanto um dos meus professores me orientou a abandonar o meu pensamento retrogrado, pois com ele eu não serviria nem para rábula e nem pra boy de tribunal, e o pior acabaria abandonando o curso virando padre e passando o resto da vida assediando mulheres e comendo crianças no confessionário. Bastou que ele fechasse a boca que ocorreu um estrondo de risos, fui simplesmente ridicularizado, o que me chateia é que ninguém foi capaz de argumentar contra os fatos que citei, ninguém foi capaz de refutar uma só palavra do que eu disse, no entanto...sai humilhado e virei motivo de chacota. As pessoas estão se posicionando sem pensar, são a favor da pena de morte, do aborto sem ao menos contestar se é correto.
    O testemunho desta jovem é um consolo, que bom que existem pessoas dispostas a defender a vida até as ultimas consequências.

    David Denis

    ResponderExcluir
  3. Chiara Corbela Petrillo a nova GIANNA BERETTA MOLLA!!!

    Gianna Beretta Molla (Magenta, 4 de outubro de 1922 — Milão, 28 de abril de 1962) foi uma médica italiana casada e mãe de família com quatro filhos, proclamada santa pela Igreja Católica.

    Foi membro atuante da Ação Católica desde a adolescência. Formou-se com louvor em Medicina e especializando-se em Pediatria, por seu grande amor às crianças e às mães, pois pretendia unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, médico e missionário no Brasil, que havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, no estado do Maranhão, mas foi desaconselhada por seu Bispo.
    Logo após, no ano de 1954, conheceu o engenheiro Pietro Molla e sentiu o chamado à vocação do Matrimônio. Noivaram em 11 de abril de 1955 e casaram-se no dia 24 de setembro do mesmo ano, tendo a cerimônia sido presidida por seu outro irmão, Padre Giuseppe. Durante o noivado escreveu ao seu noivo: “Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas”.
    Das gravidezes, fruto do seu Matrimônio, quatro crianças nasceram: Pierluigi, Maria Zita, Laura e Gianna Emanuela. Na última gestação, aos 39 anos, descobriu que tinha um fibroma no útero. Três opções lhe foram apresentadas naquele momento: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança, abortar o feto, ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Não hesitou! Disse: “Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!” Submeteu-se à cirurgia no dia 6 de setembro de 1961.
    Deu entrada, para o parto, no hospital de Monza, na sexta-feira da Semana Santa de 1962. No dia seguinte, 21 de abril de 1962, nasceu Gianna Emanuela, a quem teve por breves instantes em seus braços. Sempre afirmou: “Entre a minha vida e a do meu filho salvem a criança!”. Faleceu no dia 28 de abril de 1962, em casa.

    O milagre da Beatificação aconteceu no Brasil, em 1977, na cidade de Grajaú, no Maranhão, naquele mesmo hospital onde queria ser missionária, sendo Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994.
    Foi canonizada no dia 16 de maio de 2004, onde recebeu do Santo Padre o Papa João Paulo II o sugestivo título de “Mãe de Família”. Na cerimônia estavam presentes o seu marido Pietro Molla, as filhas Gianna Emanuela e Laura, e o filho Pierluigi. Mariolina faleceu com seis anos, dois anos após a Páscoa da Mãe.

    Que os exemplos dessas santas mulheres aumente em nós a coragem de levar o Evangelho e defender a vida em quaisquer circunstâncias.

    SANTA GIANNA BERETTA MOLLA rogai por nós e recebei Chiara Corbelo na glória eterna!

    ResponderExcluir
  4. Atualmente, tem-se a "necessidade" de diversos grupos feministas, ou nao, invocarem o "direito" de abortarem seus filhos, e muitos acham isso normal, lamenta`vel. E em contra-partida, eis que surgem exemplos de pessoas que defendem a vida com pro`pria vida, e muitos acham isso anormal. Completa inversa~o de valores!
    bruno freire
    (digitando de celular)

    ResponderExcluir
  5. Amigos,
    por que não fazer uso da Bíblia e do Catecismo nas discussões acadêmicas? Mais ainda, falar que o pecado contra o Espírito Santo não tem perdão, o que significa dizer que o inferno é o destino de quem O ofende conscientemente. No meu tempo de faculdade eu caí nessa de não invocar a Santa Doutrina Católica nas discussões. Grande burrada de minha vida. Mas já estou consertando isso. Hoje, no meu trabalho, a primeira coisa que falo pra quem tem posicionamento hostil à Fé Católica é a seguinte: "Meu amigo, você toma cuidado com o que fala, pois sou católico medieval, tipo inquisidor." É claro que é brincadeira e não passa disso... Mas, pergunta pra esses patifes hostis ao cristianismo quem fundou as primeiras universidades. Provavelmente, é um bando de ignorantes mal agradecidos, que frequentam faculdades e sequer sabem quem as fundou. Manda essas bostas viverem em qualquer lugar sem influência da cultura judaico-cristã, pois assim reconheceriam o valor da presença Divina, ainda que remota, numa civilização. É o típico caso de filho que só valoriza os pais depois que perde. Por fim, não deixa de rezar por eles, inclusive fazendo penitência para suas conversões, pois Deus os ama, e muito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A Bíblia e o Catecismo devem fazer parte das discussões acadêmicas! E isso deveria ser levado a sério pelos próprios reitores, diretores, professores, por questão de gratidão e justiça mesmo! Como eles nunca o farão, façamos nós, católicos! Concordo, Evando! Afinal, não é possível ter de escutar teorias de Marx, Nietzsche, Freud e até Paulo Freire, mas nunca poder citar Salomão, Paulo Apóstolo ou João Paulo II, por exemplo! Ahhh váá!!! David! Sugestão: mude a tática! Cite os santos e massacre você a eles! Bárbaros se curvam à civilização. É assim que tem que ser!

      Excluir
    2. Eu tb já fiz questionamentos usando o lado do Direito, pq não entenderiam a grandiosidade da argumentação religiosa e pensariam "é mais uma santinha do pau oco q só repete o q ouve na Igreja, típico dos protestantes q leem passagem bíblica e repete igual eco". Mas ando vendo q quem tem q se atualizar são esses que dão risadinhas, afinal, estamos com as informações atualizadíssimas, quem precisa de estudo não somos nós, católicos, bem estudados, baseados na Bíblia e no Catecismo! Igual Jesus, qnd falava em parábolas e não era entendido... quer entender, corre atrás!! E se de nada adiantar, são eles e Deus...

      Excluir

Visualizações de página