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10 de outubro de 2019

Dentro da caixa, mas fora do eixo!

Conheço muita gente assim… do jeitão do título! Avise-me se você, enquadrado em alguma das situações fáticas propostas a seguir, age ou pensa diferente dos padrões descritos, mas não hesito em afirmar que o ‘não encontrar sentido para a vida’ é o responsável maior pela avassaladora quantidade de pessoas sem noção e sem razão a perturbar e deprimir uns aos outros. Cegos guiando cegos e todos batendo cabeças! Inúmeras vezes sobra até para quem está enxergando!

É ou não é verdade que você que passou a sua vida a estudar em busca do concurso dos sonhos, ou do empreendimento da vida, tão logo tenha encontrado êxito na lide que estabeleceu como meta maior, passou, imediatamente, da sensação do prazer da labuta e da batalha àquela sensação de que não há mais o que fazer neste mundo? É ou não é verdade que você que passa a vida a analisar e julgar as vidas alheias, a incendiar trigais, na sua “nobre luta” contra o joio, às vezes pára, coça a cabeça, olha para trás e nota que seu rastro simplesmente não existe, porque você passou a vida ocupado demais em “fazer críticas construtivas” mas você mesmo jamais construiu coisa alguma? É ou não é verdade que você que passou anos em busca de riquezas e prazeres, após ter desfrutado de tudo, ainda sente um vazio “impreenchível”? Perceba bem que independentemente da situação (do estudioso, ao ‘religioso’ falso moralista, passando pelo completo hedônico) em todos habita um mesmo vazio: o vazio de quem nada de real construiu! O vazio de quem se iludiu com falsas missões cujo êxito não se encontrava muito além de suas próprias capacidades humanas. Apóstolos de si mesmos, jamais enxergarão muito além do próprio nariz e, mais cedo ou mais tarde, a solidão, o vazio e a dor lhes vêm acompanhar como, aliás, as únicas e fiéis companheiras, pois a própria alma já não quer dar ouvidos a mais ninguém. Nada pode ser mais doloroso! E após tal catástrofe, somente uma humilhante humildade, a jogar-se aos pés dAquele que pode colocá-lo(a) de volta ao eixo, reconhecendo a própria completa miséria, pode resgatar o sentido de uma vida tão vazia. 

Interessante que o mundo das fantasias nos traga tantas reflexões. Desde criança, fã que era do conto “Uma história sem fim”, eu temia que o ‘Nada’ acabasse por me devorar! Era preciso enxergar além do alcance (e aqui já contribui a espada justiceira do Lion… Thunder Thunder Thundercats hoooo!). Enfim, enxergando além do alcance, isto é, além das possibilidades meramente humanas, estabelecendo alvos atingíveis somente ao fim e após a própria existência humana e trabalhando até esse fim. Arregaçando as mangas e servindo (talvez por isso não tenha sido tão difícil para mim trabalhar desde os 12, auxiliando meus pais no comércio, e a partir dos 14 e até hoje, fora de casa, a trazer o sustento com o suor do rosto)! Caridade e trabalho sobre a terra, orações e sacrifícios ao Céu! Pois é lá, mesmo sem tirar os pés e os braços suados e cansados da terra... É lá, naquele Céu de que nos falou o Senhor, o lugar onde devemos lançar nossas âncoras. Esse equilíbrio é fundamental! Sempre que alguém, com olhar perdido para o Céu, esquece o labor necessário e contínuo que até o último suspiro deve ser travado neste mundo, a graça do Céu dele se afasta (por mais que isso pareça contraditório, afinal, “parece um anjo olhando para o Céu”). Toda vez, também, que alguém julga que a vida resume-se à matéria, por mais gestos assistencialistas que faça, o ‘Nada’ lhes invadirá a alma, dada a ausência daquela âncora supramencionada. 



Finalizo deixando duas dicas básicas: 1. Jamais perca seu tempo ou gaste energia com críticas construtivas de quem jamais construiu coisa alguma (e muito menos seja você mesmo a se dar tal missão de corretor e crítico de tudo e de todos – definitivamente, o sábio julgamento sobre o que é moralmente bom ou mau, bem como, a correção fraterna, não podem ser utilizados como “porretes missionários” a destruir todas as obras. Ou a coisa serve para edificar, ou para nada mais servirá, a não ser que você se considere o responsável por vir a julgar os vivos e os mortos! Essa missão, de fato, existe! Mas se você julga que ela é sua... então, tenho uma péssima notícia para você...). 2. Jamais estabeleça alvos humanamente atingíveis. Note que sua alma é maior e anseia por mais (basta ver que milionários se suicidam!) do que qualquer coisa que a matéria possa dar. Considere as pequenas conquistas desse mundo (empreendimentos, concursos, riquezas, poder e mesmo as consolações espirituais), meros instrumentos de um Deus infinitamente maior e mais nobre… meras ferramentas a serem utilizadas na construção do Reino dEle, esse sim, imperecível e cuja plenitude (e somente ela) o preencherá. Faça a experiência e, então, duvido que o ‘Nada’ o(a) devore.

Visão além do alcance, 
Jeansley de Sousa

2 comentários:

  1. No fim das contas, o ideal é ser dentro do eixo, ainda que pense fora da caixa! Afinal, a essência, a estrutura, O EIXO é aquele que une o Céu e a Terra, já as caixas... essas podem ser preteridas sem muitas cerimônias.
    Tá bom.. eu sei... Um tanto filosófico! Mas se raciocinar bem (fora da caixa), tá tudo dentro do eixo!

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  2. Para matar saudades...
    Tema de História sem fim:
    https://youtu.be/lHytjEj7B9g
    Abertura de Thundercats:
    https://youtu.be/9ZX6rT7CHEI

    E viva os sobreviventes dos anos 80!

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