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21 de setembro de 2011

Dois pesos, duas medidas. Ou a amnésia sobre o comunismo.

Comunismo e Nazismo
Em artigos anteriores tratei, entre outras coisas, um pouco sobre relacionamento humano (matrimônio e amizade) e teologia moral (virtudes). Esta última área é sem dúvida a que mais me interessa no momento. Contudo, o objetivo do blog é esclarecer os cristãos acerca de diversos temas e dentre estes: filosofia, história e política ocupam papel fundamental. Sendo assim, este artigo está voltado para estas áreas.

Vamos ao que interessa: “A rainha Silvia da Suécia pediu uma investigação sobre os supostos laços nazistas de seu pai, no período em que ele viveu na Alemanha e no Brasil, nos anos 1930 e 1940.” Encontramos na internet, TV, jornal, Rádio etc; quase diariamente, notícias sobre o nazismo, o que torna este assunto sempre presente em nossa memória. É exatamente este o ponto de partida para o artigo.

Conhecemos através da história, não muito distante, dois dos maiores horrores que o homem foi capaz de organizar politicamente: Nazismo e Comunismo. O que chama atenção é que o primeiro é lembrado, quase diariamente, como o símbolo do mal, enquanto o segundo caiu no esquecimento, ganhando até legitimidade no mundo. Não temos nenhuma nação sendo governada pelo nazismo, graças a Deus. O mesmo não pode ser dito a respeito do comunismo, pois temos uma potencia governada por ele, além de países periféricos.

Os canalhas comunistas (hoje existem muitos que o são sem saber) me interpelam dizendo que comunismo é diferente do nazismo e por isso não pode haver este paralelo. Sim, concordo que são diferentes em alguns aspectos, um propões a supremacia de uma raça, enquanto o outro a do partido, todavia, são idênticos quando o assunto é matar inocentes por conta de ideologias. Segundo Pierre Chaunu, “nazismo e comunismo são "gêmeos heterozigotos." O mal para o nazista são as raças inferiores, sendo os judeus a pior delas, portanto, precisam ser extintos de qualquer maneira. Por outro lado, os comunistas têm outro inimigo: a propriedade privada, então tudo deve ser desapropriado, mesmo que isso custe milhões de vidas. A proposta do artigo não é fazer uma comparação entre qual foi a maior infâmia, isso não tem sentido, pois milhões de inocentes morreram por causa da mentira destes regimes.

Como disse acima, o horror está presente brutalmente em ambos. A pergunta que se coloca é outra: porque o comunismo ainda existe na humanidade como forma política? Sabemos que o nazismo foi condenado por todos, com exceção de alguns tolos, ninguém manifesta apoio as idéias de Hitler e dificilmente encontramos o símbolo nazista no comércio. Ele está devidamente condenado na memória humana.

Não necessitamos de muito esforço para perceber que o tratamento dado ao nazismo é diferente daquele dado ao comunismo. A humanidade parece que esqueceu que o mesmo agiu de forma tão cruel quanto os comandados de Hitler. É inacreditável que mesmo após a morte de aproximadamente 100 milhões de pessoas ainda existam aqueles que defendem idéias comunistas, pior ainda, cristãos que tentam encontrar alguma afinidade entre este regime e o catolicismo. Desistam! É impossível haver afinidade entre Deus e o diabo.

Alguns dados nos mostram como a humanidade esqueceu esta infâmia, incluindo aí, muitos cristãos. Diga-me sem recorrer ao Google: quem conhece algum mártir do regime comunista? Será que diante de uma das maiores perseguições que o cristianismo enfrentou não havia um santo sequer? Duvido muito. Vamos ao outro lado do terror, o nazismo. Neste veremos que nossa memória é clara em relação aos nossos mártires. Quando pensamos em santos mortos por este regime, não demoramos muito para lembrarmos-nos de São Maximiliano Kolbe e Santa Edite Stein, canonizada com o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz. Outra prova do esquecimento: porque os partidos comunistas foram legalizados no mundo? Não houve qualquer pedido de perdão à humanidade por parte deles por seus milhões de mortos. Mesmo que houvesse este pedido, a humanidade, que viu o horror do comunismo, deveria banir de uma vez por todas qualquer tentativa de manifestação em favor deste regime, assim como acontece com o nazismo. Para completar o diagnóstico desta amnésia humana, repare o quanto a juventude gosta dos símbolos comunistas, principalmente a foice e martelo (conforme ilustração do artigo), símbolo este presente em camisetas, broches, cadernos, etc. Se houvesse uma memória sensível aos 100 milhões de mortos por este regime, aqueles que fabricassem, comercializassem ou distribuíssem este símbolo deveriam ser presos, assim como fazem com maldita suástica nazista.

Este artigo serve apenas de introdução para outros relacionados a este tema, uma vez que a mentalidade revolucionária ainda está presente nos dias atuais. Temos a obrigação de advertir os católicos sobre as conseqüências desta amnésia para a evangelização. Para finalizar deixo claro: Catolicismo e comunismo são termos contraditórios. Em outro momento explicarei melhor esta afirmação.

Rezemos para que Nossa Senhora nos livre deste mal.

Josimar Costa é filósofo formado pela UnB, membro do ECC e da Catequese da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Samambaia/DF.

Referências:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/rainha-silvia-da-suecia-pede-investigacao-sobre-passado-nazista-de-pai-no-brasil.html

Stéphane Courtois, O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão

5 comentários:

  1. Para citar mais um símbolo vastamente utilizado pelos comunas, lembremo-nos das camisas de Che Guevara, a manchar de um 'vermelho cor de sangue inocente' uma parcela consideravel de nossa juventude. Cristianismo e Comunismo são absolutamente incompatíveis. O primeiro manifesta-se dando a própria vida pelo próximo; o segundo impõe-se tirando a vida do próximo.

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    1. E ainda há toupeiras travestidos cristãos que admiram o monstro Che Guevara.

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  2. As ideologias políticas pra mim são meios que grupos utilizam para alcançar o poder através do apoio das massas, sempre com roupagem de justiça social dentre outros conceitos, o próprio momento histórico contribui para que as ideologias ganhem força, posso citar a 2° guerra mundial que não foi um conflito entre homens, mas um conflito ideológico entre 4 correntes: Fascismo, Nazismo, Capitalismo e Comunismo, que culminou na bipolarização do mundo.
    Confesso meu caro Josimar, que passei um período da minha adolescência acreditando que o comunismo seria a solução para todas as mazelas sociais, ainda hoje sei de cor o discurso que Ernesto Guevara fez após a tomada de Sierra Maestra pelos revolucionários cubanos, participei do movimento estudantil e fui militante do partido comunista por um ano. A Euzeni pode confirmar este meu testemunho, pois nessa época eu estudava com a Luciana e não foram poucas às vezes em que ela tentou abrir os meus olhos, só que sem sucesso, pois não adianta abrir os olhos de um cego, pois ele vai continuar sem enxergar, porém me lembro que ela me emprestou um livro chamado “O Diálogo”, escrito por santa Catarina de Senna, apesar de ter gostado bastante da leitura não teve nenhum efeito prático em termos de mudança de posição. Só comecei a abandonar a ideologia Comunista após ler uma reportagem em que o Papa João Paulo II falava sobre a Doutrina social da Igreja, depois disso eu li a carta apostólica Rerum novarum, e foi esta leitura que me fez aos poucos abandonar a ideologia Comunista. Recomendo a todos os irmãos que são simpatizantes dessa ideologia a leitura desta carta do Papa Leão XIII.

    Peço perdão pelo tamanho do meus comentário e nem sei se é pertinente o que eu disse, mas tá ai a minha participação.

    Fiquem com Deus.

    David Denis

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  3. Caro David,

    Quase toda juventude tem ou teve na figura nefasta de Che Guevara um ídolo. O importante é abrir os olhos e perceber que justiça social sem cristo é uma ilusão.

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  4. "O regime comunista polonês orgulhava-se de ter criado, com Nowa Huta a "primeira cidade sem Deus" da Polônia. Na verdade, era apenas uma cidade sem igreja. Por isso os operários levados para povoar Nowa Huta ergueram uma simples cruz de madeira no meio da cidade. E se revezavam montando guarda a essa cruz, enquanto esperavam que sua cidade se tornasse uma paróquia. Em 1963, o jovem bispo de Cracóvia decidiu aumentar a pressão sobre o governo comunista e na noite de Natal, debaixo de chuva e sob temperaturas negativas, Karol Wojtyla rezou a missa do galo em Nowa Huta pela primeira vez. Muito antes da queda do comunismo na Polônia, Nowa Huta ganhou sua igreja.
    Para o então futuro papa ficou uma lição que ele levaria para o seu pontificado de mais de 25 anos: a Igreja não é um edifício. Também não é a hierarquia sozinha. A Igreja é a presença dos fiéis cristãos. Onde quer que eles estejam, ali estará a Igreja. Uma cruz igualmente simples e profundamente simbólica está no Brasil. Ela é uma criação de João Paulo II e, de certa forma, é filha direta da cruz de Nowa Huta. Trata-se da Cruz dos Jovens, que iniciou em São Paulo uma grande peregrinação por dioceses da América do Sul a caminho do Rio de Janeiro, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013."
    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,uma-cruz-a--caminho-do-rio-,776850,0.htm

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