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6 de abril de 2011

Eufemismo obrigatório

Hoje em dia ser educado, culto e mente aberta é o mesmo que ser, no mínimo, eufêmico. Quem tiver opinião contrária aos professores, aos universitários, à mídia e aos políticos que se passam por intelectuais (e que muitas vezes nem mesmo possuem o hábito de ler), é obrigado a calar-se ou a transformar seu discurso, adequando-o à sensibilidade destes, sob pena de ser perseguido e, na maior parte das vezes, ser taxado de ignorante, bruto e retrógrado. O mais incrível disso é a passividade da sociedade, que vai suportando goela abaixo a determinação no seu modo de pensar e expressar suas opiniões: estamos todos proibidos de manifestar com clareza e objetividade nossas opiniões, caso as mesmas contrariem “a maré”! O politicamente correto revestiu-se de promiscuidades e ai de quem ousar contestar! Prepare-se para encher-se de eufemismos em seus diálogos com os “intelectuais” do momento. Não os chamem de promíscuos ou corruptos, diga apenas que você não se enquadra no estilo de vida deles, apesar de considerar tal estilo perfeito. Admitam que os homossexuais, quando em suas paradas gays, blasfemam contra Deus, a Virgem Maria ou o Papa, estão certos, apesar de você não partilhar das mesmas atitudes, mas trata-se de um direito de todo cidadão, zombar dos valores cristãos. Aproveite também para encher de elogios, os bandidos que te assaltam, matam seus familiares e amigos e desonram sua família. Afinal de contas, qualquer manifestação sincera e enérgica de sua parte será vista como bullying, racismo ou homofobia, conforme o caso! A coisa está ficando preta! Perdão! Preta não... A coisa está ficando afrodescendente!

O Brasil elege aos montes seus corruptos... digo, seus políticos honestos que às vezes cometem equívocos no manejo do dinheiro público. A sociedade não faz o menor esforço por corrigi-los. À lei da ficha limpa não se confere eficácia imediata e, quando vier a entrar em vigor, provavelmente não atingirá a ninguém, de tantas brechas que ainda serão achadas ou criadas até lá. Enquanto isso a mídia (em parceria “cultural” com o Estado) opta por linchar publicamente figuras que manifestem opiniões contrárias a sua. Como é o caso, que recentemente temos acompanhado, do Deputado Jair Bolsonaro, que pelo simples motivo de haver manifestado com clareza e objetividade seu pensamento contrário à militância gay e ao sistema de cotas, está sendo processado e tendo sua imagem baixamente denegrida por inúmeros pseudo-intelectuais, que juram fazer o bem ao incentivar todo e qualquer comportamento, desde que o mesmo não seja moralmente cristão (pois estes últimos precisam ser repreendidos)!

Episódios como esse nos proporcionam assistir “uma inovação” na nossa democracia: a instituição do crime anti-eufêmico! Ou seja, o crime de “maneira muito direta de dizer o que pensa, se o que pensa não for o que eu penso – diria, quase em coro, a grande mídia”. A postura do deputado em questão, para ser “politicamente correta” deveria ser a de falar que sempre achou o comportamento homossexual exemplar e que lamenta ter nascido hetero e educado seus filhos dessa maneira tão ultrapassada. Pois qualquer coisa diferente que viesse a dizer, constituiria declaração homofóbica como, de fato, acabou-se por considerar perante a sociedade!

Analisando com espírito eclesiástico tais temas, se por um lado, a Igreja Católica ensina a não discriminar e a auxiliar uns aos outros em suas fraquezas, por outro lado (que, de tão interligado, é ainda o mesmo lado), ensina a repreender o pecado! Não pode haver portanto, espaço para a promiscuidade nos lares cristãos. Trata-se de um compromisso que cada batizado deve assumir diante de Cristo e da Igreja, exercendo-o em seu cotidiano e de tal modo educando seus filhos e evangelizando seus próximos. Palavras contrárias a determinados comportamentos que afrontem a moral cristã, não são geradoras de ódio, mas de conversões. Eu nunca ouvi dizer que um sacerdote ou um cristão piedoso tenha agredido um pecador por causa de seu pecado. “Agride-se”, com palavras (sobretudo a Palavra de Deus), o ato mau. E tais palavras precisam ser claras e diretas para que a pessoa tenha a chance de conhecer seu erro e dele redimir-se. Esse discurso, sermão, lição de moral, bronca, repreensão, ou como queiram chamar, constitui não apenas direito, mas dever de todo cristão. Devemos repreendermo-nos uns aos outros para chegarmos à comunhão com Cristo! Além disso... juridicamente falando, trata-se também de um direito garantido pela Constituição: tanto o direito à liberdade de crença, quanto o direito à liberdade de expressão. Ou seja, calar um cristão pelo simples motivo de seu posicionamento religioso e/ou filosófico, é agredir a Constituição Federal... pelo menos por enquanto... Pois se os cristãos não tomarem postura e continuarem vivendo a fé como se fosse uma brincadeira (sem orações e, sobretudo, sem manifestações na defesa de sua fé e dos bons costumes), muito em breve até esse direito será tirado e a simples leitura em público de determinadas passagens bíblicas será considerada crime!

Para a mensagem ficar ainda mais clara (isenta de eufemismos) a você que não concorda com o que estou escrevendo: se estiver achando ruim, pare de ler; se estiver ficando com raiva, não abra mais o blog. Não cometa o erro hipócrita de se fazer de vítima da objetividade de uma argumentação. Deixe que a mensagem do Evangelho chegue a quem realmente queira mudar de vida e esteja lutando por isso. Se não quiser ajudar, pelo menos não atrapalhe. Pode ter certeza que não irei montar um grupo para afrontar fisicamente suas manifestações de promiscuidade pelas ruas. A única coisa que todo cristão consciente deseja (obedientes ao chamado de Cristo), é viver e pregar (para quem quiser ouvir) o Evangelho! E quem não quiser por esse caminho seguir... que arque com as devidas consequências no dia do Juízo Final.

De vosso amigo bruto, retrógrado e ignorante,
Jeansley de Sousa

4 comentários:

  1. Não é justo discriminar algúem pela cor da pele, porém não posso ser obrigada a aceitar seu comportamento. Racismo não tem nada a ver com homofobia, como querem os homossexuais.
    E vamos mesmo nos manifestar contra essas aberrações porque "a maldade só cresce onde os bons se omitem".

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  2. Estamos numa ditadura cultural. Temos que concordar com a maioria na defesa das minorias. A repressão à livre manifestação do pensamento é fato. Quem duvidar pode fazer a experiência. É simples. Basta falar o que realmente pensa, com sinceridade e objetividade, e, depois, diga-nos o que aconteceu.
    Nota 10 ao texto. Quem sabe alguma alma "legal" decida se tornar sincera, sem medo de ser chamada de chata, ignorante, retrógrada...

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  3. Tomei conhecimento da entrevista do Deputado Bolsonaro. Há necessidade de pessoas com coragem de manifestar o seu pensamento (desde que esteja de acordo com a moralidade cristã), que não fiquem com medo da repressão social. Concordo com o texto e com os dois comentários. Mas tenho uma dúvida: para quem é dirigido este blog? Para as pessoas que já estão prontas? Se é que elas existem. Eu mesma não sou uma delas. Pois percebi um pouco de agressividade ao final do texto. Abraços

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  4. Márcia, infelizmente são poucos os católicos que despertaram para essas realidades de que tratamos no blog (os que tem consciência optam por permanecerem confortavelmente omissos). Se limitarmo-nos a escrever sempre polidamente, ninguém acordará! A idéia dessa "agressividade" é fazer com que aconteça, na concepção e na vida dos leitores, a frase que encontra-se logo abaixo do nome do blog: "Católico! Desperta, tu que dormes!"

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