Aproxima-se o dia da beatificação de uma figura marcante da história da humanidade, em que pese a implicância de grupelhos tradicionalistas que teimam em questionar sua santidade (seria inveja?). Atropelando essa gente amarga, dia 1º de maio foi o dia escolhido pela Santa Igreja para divulgar ao mundo que o antecessor de Bento XVI é um bem-aventurado. E que história tem esse pontífice. E que privilégio participar desses tempos.
Homem de Deus que em sua vida teve de enfrentar, ainda jovem, a dor da perda dos pais acrescida ainda, pelo sofrimento de uma grande guerra mundial. Devoto de Nossa Senhora que enfrentou, com amor, os enfurecidos domínios nazistas em sua pátria, a Polônia. Ao fim da guerra, conviveu com outro inimigo confesso do Cristianismo, o Comunismo. Não obstante as perseguições comunistas, às escondidas fazia teatro e, ainda jovem, sentiu o chamado de Cristo ao sacerdócio. Como padre e, anos mais tarde, como bispo, sempre teve coragem e ousadia para enfrentar os opressores de sua terra. Ousadia essa, recheada de muita inteligência e sabedoria, que o levaram ao trono de Pedro, sendo-lhe o sucessor de número 265.
Ao assumir o cargo de Servo dos Servos de Deus, adota como lema a expressão latina “Totus tuus”, em que o devoto polonês Karol Wojtyla (seu nome antes de se tornar papa) consagrava-se à Nossa Senhora: “Todo teu”!
O primeiro grande desafio do novo pontífice foi enfrentar (desta vez com voz muito mais forte e influente) o Comunismo. Nos primeiros anos de pontificado, uma barreira se lhe opõe: o ódio humano, sempre direcionado aos que caminham na amizade de Cristo, fere de morte nosso amado pastor. Corria o ano de 1981 e o mundo acompanhava aflito, aquele que poderia ter sido o martírio de mais um papa (vale lembrar que dos trinta primeiros papas, praticamente todos foram perseguidos e assassinados, fora outros tantos ao longo dessa rica história de aproximadamente 2000 anos de catolicismo no mundo). Quis porém, a Santa Mãe de Deus a quem João Paulo II havia confiado-se inteiramente, que a bala sutilmente não tocasse qualquer órgão vital (apesar de alojar-se tão próxima a alguns). O agradecimento do pontífice é imediato: “à Senhora de Fátima”. Agradece a intercessão junto a Deus, dessa mãe que, tão zelosa, preservou sua vida e, consequentemente, seu pontificado. Diga-se de passagem, a bala retirada de João Paulo II encontra-se até hoje junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, em seu Santuário de mesmo nome, em Portugal, como representação do amor entre nossa mãe e nosso papa.
Recuperado, João Paulo II na primeira oportunidade que tem, não hesita em abraçar e perdoar o terrorista que tentara tirar sua vida, dando ao mundo um sublime exemplo de amor.
Após o atentado, as aparições públicas em vez de cessarem, multiplicam-se. Recorrentes viagens mundo afora, levando a mensagem de amor, justiça e paz do Evangelho. Alegrias e tristezas somavam-se na intensidade de uma vida que se consumia dia após dia, no amor por Deus, pela Santa Igreja e pela humanidade inteira. Um sutil empurrão (de quem já lutara por décadas) e o muro que dividia a Alemanha, simbolizando a bipolarização mundial, cai por terra. É a histórica queda do muro de Berlim que por tantos anos separou vidas e destruiu histórias, que teve dentre tantos personagens, a liderança e força do papa polonês.
A aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, em 1917 (três anos antes do nascimento de João Paulo II), acabou por guardar estreita relação com o papa, devido sobretudo, aos (mundialmente conhecidos e tão especulados) três segredos de Fátima, confiados por Maria aos pequenos portugueses. Pois João Paulo II que sofrera com a segunda grande guerra (teor do 1º segredo), enfrentara bravamente e derrotara o Comunismo (teor do 2º segredo) e, não obstante ter sido ferido de morte, fora protegido pela Virgem (teor do 3º segredo). Ponto final, tudo resolvido! O papa já podia partir em paz, rumo à sua morada eterna? Enganou-se quem assim pensou! Contra a expectativa e até mesmo a vontade de alguns e, apesar da fragilidade, do mal de Parkinson, do peso da idade e do cansaço, o romano pontífice conduz a Igreja ao jubileu do ano 2000, pede perdão recorrentemente pelos erros cometidos pelos filhos da Igreja ao longo da história (e é uma pena que a humanidade, ávida em atacar a Igreja de Cristo, não conceda tal perdão até hoje) e, ultrapassando o ano jubilar em meia década, falece em abril de 2005. Em seus desejos finais manifestados aos mais próximos, uma súplica ao Pai Celeste: morrer no domingo da festa da Divina Misericórdia (festa instituída pelo próprio papa e anualmente comemorada um domingo após ao da páscoa). Aprouve ao bom Deus porém, que este seu servo falecesse um dia antes de tal festa, no sábado. Pois certamente aproveitaria o júbilo em sua íntegra no Céu, ao lado de sua amada mãe, Maria e de seu doce Jesus, por quem viveu e morreu serenamente, deixando-nos seu exemplo de dedicação, amor e fidelidade ao Evangelho, mesmo a custa de muitos tormentos neste vale de lágrimas.
Beato João Paulo II, rogai por nós!
Jeansley de Sousa
A Igreja é sempre muito cautelosa ao beatificar e canonizar as pessoas que viveram em harmonia com os ensinamentos do Evangelho. Tal cautela ocorre para que não se incorra em erro. Muitas vezes um santo pode levar até séculos para que a Igreja o proclame como tal. Em casos exepcionais de pessoas de vida pública e santidade notória, o processo pode fluir de forma mais acelerada. Eis o caso do Papa João Paulo II, que apenas seis anos após sua morte, já contará com o título de beato, último passo antes de poder ser venerado como santo.
ResponderExcluirEMOCIONANTE!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirHoje, completando 6 anos da data do falecimento de nosso amado papa João Paulo II. Aproveitem para divulgar o link com o artigo para seus familiares e amigos. Ótimo final de semana a todos!
ResponderExcluirRogai por nós São João Paulo II!
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