por Jeansley de Sousa
Não negociamos a fé com ateus. Não negociamos a vida com abortistas. Quem quer que negocie ou relativize os valores cristãos em nome do respeito humano e do politicamente correto deve estar ciente de ser o causador da “náusea divina” (não nos esqueçamos de que Ele prometeu vomitar os mornos). Em suma: dos maus você espera o mal; dos bons, você exige o melhor! A mediocridade e a covardia não deveria existir em nenhum dos lados.
Evangelizar sugere atos simples, mas não nos enganemos: há nas ações evangelizadoras uma complexidade que impressiona, uma vez que, ao mesmo tempo, é preciso tomar cuidados com a mensagem a ser transmitida sem se olvidar dos riscos de “desevangelizar” os recém convertidos mediante os escândalos. Não é exatamente uma tarefa fácil e você e eu sabemos que há muita gente fazendo isso da maneira mais errada possível.
Vamos começar pelo recrutamento dos evangelizadores: algumas pessoas não têm tempo disponível para mais nada; outras, não têm disposição; outras, ainda, estão com a vida em desordem e não galgaram sequer os primeiros passos da caminhada espiritual; e há, enfim, aquelas que estão sob domínio dos grilhões de atormentadores vícios que as impedem de agir com razoabilidade. Uma pessoa que tenha tempo disponível, disposição, vida ordenada (na medida do possível), caminhada espiritual em curso e esteja razoavelmente livre dos pecados graves e dos grandes vícios, é capaz de fazer o que ninguém mais pode, refletir sobre o que ninguém mais reflete, estudar o que ninguém mais estuda e compreender o que raros compreendem! Tendo notado isso, não me venham com aquela historinha de que “ninguém é melhor do que ninguém”, “todos somos iguais”… Essa gente, com esse potencial e esse empenho será sempre rara e vai sempre se destacar do povão. Não é que ele “está se achando”! Pare de frescura! Ele é e será sempre melhor do que você – caso você, não sendo um gênio nato, esteja vivendo como seus pares – e nessa diferença entre os seres não há nenhum problema. Muito pelo contrário: trata-se de uma possibilidade sua de, humildemente, aprender com tão rara pessoa, em vez de aporrinhá-la com sua inveja e com seus conceitos baixos, fabricados sob medida por sua própria régua. Feito esse adendo, não podemos, ainda, nos esquecer de que esse conhecimento superior, caso você seja um de seus raros detentores, precisa estar a serviço do próximo, elevando-o, enobrecendo-o e, em última instância, salvando-o, caso contrário, não passará de vã curiosidade.
O conhecimento e a caminhada de alguém destacado, tal qual apresentado nos parágrafos anteriores, não poderá jamais ser transmitido em sua integralidade, por maior boa vontade que possa existir da parte de quem almeja fazê-lo. Nenhum escritor jamais escreveu tudo o que sabe. O autor será sempre maior e mais surpreendente do que suas obras. Razão pela qual, boa parte disso tudo ficará com o privilegiado por desfrutá-lo de modo exclusivo, sendo, no máximo, partilhado, em doses maiores, ainda que nunca plenas, com uns raros amigos em situação equivalente à sua. Como fazer, então, para transmitir, ao máximo, essas informações cujo potencial poderá, realmente, elevar o próximo, fazendo-o transcender? Respondo: aliando o conhecimento a um poder de síntese e didática que o tornem acessível ao maior número de espectadores possível. Há, no entanto, um risco grave ao agirmos assim: o risco de se jogar pérolas aos porcos e estes, com suas porcarias, destruírem, desqualificarem e inutilizarem o potencial das pérolas em relação a outrem que delas poderia beneficiar-se. Lançando, assim, por água abaixo todo o esforço de aquisição de conhecimento/cultura superior, bem como, todo empenho em adquirir poder de concisão e didática para transmitir tais informações. De que modo poderíamos fazer-nos entender, com clareza, minimizando esse risco? Parece-me óbvio, embora nem sempre fácil, que é imperioso não discutir com quem não detenha um mínimo de informação e esteja apenas exercendo o seu suposto “direito” a ter uma opinião, uma vez que lhe seria absurdo pensar na hipótese de não opinar sobre qualquer tema que exista, ainda que dele desconheça até mesmo os fundamentos mínimos. É igualmente exigível que não se discuta com aqueles que, visivelmente, estão mais interessados em manter suas posições, afrontando, pessoalmente, quem quer que lhes ofereça ameaça, ainda que esta ameaça esteja apenas no seu vil imaginário. Neste caso, a desonestidade intelectual do sujeito é tamanha, que ele, cego por seu pequeno e suposto “espaço de poder”, ignora por completo, propositadamente, qualquer possibilidade de conhecimento da verdade, caso esta vá de encontro a seus interesses mesquinhos. Trata-se aqui do típico e afamado caso do pior cego.
Feitas todas essas considerações, concluímos que seja no caso da ignorância endêmica somada ao “direito de opinião”, seja no caso de desonestidade intelectual em nome de interesses pueris, não discutir e, sempre que viável, desmoralizar o oponente, desmascarando-o sem piedade, é o melhor remédio, seja para cura do próprio interlocutor (caso seja viável), seja para a prevenção dos demais espectadores. Qualquer moderação nesse aspecto, seria um ato de covardia frente aos lobos que teria como consequência o escândalo e o abalo na fé das ovelhas, sobretudo das mais jovens.
Em breve resumo podemos afirmar que a postura de fazer-se tudo para todas essas pobres ovelhas significa, primeiramente, desdobrar-se por instruí-las e alimentá-las, sem contudo, jamais abrir mão da força e energia necessárias para protegê-las, enfrentando, como de fato o merecem, os mais cruéis e desonestos inimigos, que de tão desonestos, são capazes (e o fazem sempre) de transformar a ira divina, o chicote de Cristo e os palavrões e as “palavras de ordem” gritados no deserto por João Batista nos “verdadeiros males do mundo” a serem combatidos por gente mais boazinha e politicamente correta do que os referidos personagens. Obviamente, na mente insana dessa gente, ninguém está mais à altura de tal nobre e polida missão do que eles próprios. Minha única dúvida quando vejo atos assim é quanto à nomenclatura: devo chamar de hipocrisia histérica ou histeria hipócrita? Seja como for, seus autores são (para usar “palavrões bíblicos”) verdadeiras raças de víboras, sepulcros caiados, filhos de uma mãe com muitos pais, ou, pior: filhos do demônio! Definitivamente não merecem nossa polidez e respeito humano. Se você os trata com respeito humano e palavras polidas, não tenha dúvida de que será julgado por todo o fardo que esta corja impõe aos mais simples e humildes dos filhos de Deus, e não há qualquer bondade real nessa sua aparência de “bonzinho/boazinha”.
P.S. Para finalizar, se você leu o alerta antes do início do artigo e chegou até aqui com desdém ou por pura curiosidade desprovida de desejo de mudança real em busca da verdade, leia os palavrões como se estivessem sido dirigidos a si.
Jeansley de Sousa é escritor, jornalista, servidor público, pai de seis filhos, blogueiro e youtuber... mas seu maior título é, sem dúvidas, ser filho da Igreja Católica Apostólica Romana fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
kkkkk "filhos de uma mãe com muitos pais", excelente artigo.
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