Alegria saber que relacionamo-nos com o mesmo Deus
de Abraão, Moisés, Davi e Salomão... Alegria saber que séculos se passaram e os
nossos santos Apóstolos tiveram essa mesma graça em Cristo... Conforta-nos saber
que as gerações mudam, tudo muda, mas Deus permanece imutável. Intacto!
Exatamente o mesmo amigo de São Francisco e Santa Clara no passado, é o amigo
de São Padre Pio nos anos 60, tão próximos a nós, e é o nosso amigo
hoje, amanhã e sempre.
Se alguém está a procura de Deus, saiba que Ele não está!
Não é próprio de Deus a inconstância do verbo estar. Deus é! Deus é e
basta!
Sabe quando encontramos aquela pessoa virtuosa que
conhecemos há dez ou vinte anos e notamos que ela continua a mesma? Já reparou
como isso nos conforta, nos alegra? Saber que uma pessoa bondosa, apesar das
intempéries da vida e do correr dos dias, permanece bondosa... Por outro lado,
já reparou como é incômodo lidar com pessoas inconstantes? Pessoas "de lua"?
Você nunca sabe o que esperar dela... E se muitos anos se passam e nesse
intervalo essa pessoa perde um ente querido, é bem provável que você sequer
a reconheça, tão diferente estará seu comportamento. E o que dizer então
daqueles que nem mesmo precisam perder alguém para a morte corporal pois basta,
por exemplo, terminar um namoro que o sentimentalismo já a torna imprevisível,
sem paz e resmungante? Você pode estar pensando: "mas isso é coisa de
adolescente!"... Engano! Tem gente bem vivida que por menos que isso já perde a paz,
torna-se áspera ou de enérgica muda-se em melancólica, alternando esses estados
conforme a noite bem ou mal dormida ou o resultado do jogo de seu time de
futebol... Enfim, toda essa reflexão para lembrar-nos de quanta paz nos traz
encontrar alguém constante em meio a tanta gente movida pelos ventos! E sabe por
que essa constância nos dá paz? Porque remete-nos à imutabilidade de Deus!
Trata-se de uma centelha divina.
Ora, se a natureza humana, recheada de sentimentos,
nos faz pender para a mutabilidade, como atingir essa constância que nos faz
fortes, majestosos e nos dá paz? Bem que eu queria dizer que a resposta é
simples do tipo: "basta querer"; "se eu quero, eu posso", coisa e tal... mas essa conversinha zen não possui
aplicabilidade prática. É preciso viver como São Paulo, que dizia: "Já não sou
eu quem vive, é Cristo que vive em mim!" E para Cristo viver em nós, não basta
nosso querer, nossa força de vontade. É bem verdade que precisamos nos esforçar
a cada dia para imitá-Lo, contudo o esforço não nos garante ainda o êxito. É
necessário somá-lo à oração! Porém, a fim de que fique bem claro: a oração,
ainda que somada a grande esforço, não nos garante essa paz! Pois a paz, não a
do mundo, mas a de Cristo (e Ele fez questão de frisar que tratam-se de
conceitos totalmente diferentes) pertence a Ele e Ele é a cabeça da Igreja.
Portanto, engajados em seu corpo, que é a Igreja, alimentemo-nos dEle: pão vivo
que desce do Céu! Santa Eucaristia que nos transforma em Cristo! Pronto! Caminho
seguro para a constância na virtude e para a paz interior, aquela que vem de
Deus! Caminho simples, mas que compromete toda uma vida: esforço, oração,
sacramentos, sobretudo o Pão do Céu!
Que a Virgem Maria transforme nosso interior na
morada perfeita de Deus, tal qual o ventre que nos trouxe o Cristo!
Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa
Jeansley de Sousa
Mais uma vez ótimo texto ! Gostaria de agradecer pois esses textos são de grande valia à minha caminhada .Abraços e que Deus continue o abençoando!
ResponderExcluirValeu William! Grande abraço e fique com Deus!
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