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2 de agosto de 2012

Firmes como a rocha, constantes como Deus

Alegria saber que relacionamo-nos com o mesmo Deus de Abraão, Moisés, Davi e Salomão... Alegria saber que séculos se passaram e os nossos santos Apóstolos tiveram essa mesma graça em Cristo... Conforta-nos saber que as gerações mudam, tudo muda, mas Deus permanece imutável. Intacto! Exatamente o mesmo amigo de São Francisco e Santa Clara no passado, é o amigo de São Padre Pio nos anos 60, tão próximos a nós, e é o nosso amigo hoje, amanhã e sempre. 

Se alguém está a procura de Deus, saiba que Ele não está! Não é próprio de Deus a inconstância do verbo estar. Deus é! Deus é e basta!
 
Sabe quando encontramos aquela pessoa virtuosa que conhecemos há dez ou vinte anos e notamos que ela continua a mesma? Já reparou como isso nos conforta, nos alegra? Saber que uma pessoa bondosa, apesar das intempéries da vida e do correr dos dias, permanece bondosa... Por outro lado, já reparou como é incômodo lidar com pessoas inconstantes? Pessoas "de lua"? Você nunca sabe o que esperar dela... E se muitos anos se passam e nesse intervalo essa pessoa perde um ente querido, é bem provável que você sequer a reconheça, tão diferente estará seu comportamento. E o que dizer então daqueles que nem mesmo precisam perder alguém para a morte corporal pois basta, por exemplo, terminar um namoro que o sentimentalismo já a torna imprevisível, sem paz e resmungante? Você pode estar pensando: "mas isso é coisa de adolescente!"... Engano! Tem gente bem vivida que por menos que isso já perde a paz, torna-se áspera ou de enérgica muda-se em melancólica, alternando esses estados conforme a noite bem ou mal dormida ou o resultado do jogo de seu time de futebol... Enfim, toda essa reflexão para lembrar-nos de quanta paz nos traz encontrar alguém constante em meio a tanta gente movida pelos ventos! E sabe por que essa constância nos dá paz? Porque remete-nos à imutabilidade de Deus! Trata-se de uma centelha divina.
 
Ora, se a natureza humana, recheada de sentimentos, nos faz pender para a mutabilidade, como atingir essa constância que nos faz fortes, majestosos e nos dá paz? Bem que eu queria dizer que a resposta é simples do tipo: "basta querer"; "se eu quero, eu posso", coisa e tal... mas essa conversinha zen não possui aplicabilidade prática. É preciso viver como São Paulo, que dizia: "Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim!" E para Cristo viver em nós, não basta nosso querer, nossa força de vontade. É bem verdade que precisamos nos esforçar a cada dia para imitá-Lo, contudo o esforço não nos garante ainda o êxito. É necessário somá-lo à oração! Porém, a fim de que fique bem claro: a oração, ainda que somada a grande esforço, não nos garante essa paz! Pois a paz, não a do mundo, mas a de Cristo (e Ele fez questão de frisar que tratam-se de conceitos totalmente diferentes) pertence a Ele e Ele é a cabeça da Igreja. Portanto, engajados em seu corpo, que é a Igreja, alimentemo-nos dEle: pão vivo que desce do Céu! Santa Eucaristia que nos transforma em Cristo! Pronto! Caminho seguro para a constância na virtude e para a paz interior, aquela que vem de Deus! Caminho simples, mas que compromete toda uma vida: esforço, oração, sacramentos, sobretudo o Pão do Céu!
 
Que a Virgem Maria transforme nosso interior na morada perfeita de Deus, tal qual o ventre que nos trouxe o Cristo!
 
Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

2 comentários:

  1. Mais uma vez ótimo texto ! Gostaria de agradecer pois esses textos são de grande valia à minha caminhada .Abraços e que Deus continue o abençoando!

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  2. Valeu William! Grande abraço e fique com Deus!

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