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21 de maio de 2019

Reconheces Sodoma?

Em Sodoma, uns poucos anos antes da destruição, respirava-se um ar de modernidade… de evolução… Era fora de moda ser monogâmico. Toda forma de “amor” era permitida e os que considerassem isso, de algum modo, indecente, eram rotulados de ultrapassados, retrógrados, inconvenientes e, mais tarde, de inimigos da “paz e do amor”. Muitos foram mortos por serem portadores desse “ódio à diversidade”, foram mortos pela causa – a nobre causa – ao ousarem constituir uma familiazinha padrão: papai, mamãe e filhinhos, tão opressiva à liberdade da sociedade como um todo. A família tradicional foi extirpada. Resistia apenas, à duras penas, a família de Lot, sobrinho de Abraão e eles viviam como num pós apocalipse.

O cenário era uma espécie de plágio demoníaco daquelas belas terras que jorram leite e mel, apenas pela diferença de que por estas ruas corriam sangue e esperma. Violência e sexo “livre” sempre caminharam de mãos dadas. As “pessoas modernas” da época andavam desfigurando-se, mutilando-se, pintando-se das maneiras mais bizarras, entregando-se a toda forma de prazer e fazendo protestos violentos contra quem quer que lhes lançasse um olhar atravessado… bastava um olhar… Os sentimentos eram aflorados e a histeria era coletiva! A ideia era chocar a sociedade conservadora e quebrar tabus! Se décadas atrás, fosse anunciado aos habitantes da cidade o modo como a quase totalidade de seu povo estaria vivendo naqueles dias, muitos prefeririam a morte mais cruel. Claro que eles também carregam grave culpa: não educaram adequadamente seus filhos. Deixaram-nos escolher quando os pobres ainda não dispunham de opções saudáveis nem consciência para buscá-las e, em casos similares, a escolha é sempre a mais fácil e, consequentemente, a mais catastrófica e nociva das opções. Ruína à vista! 

Abraão intercedeu, clamou, pediu ao anjo: “- salva a cidade se tiverem 50 honestos, 40… 30… 10…” Deus a salvaria! Não haviam! Só Lot e família. Chegando à cidade o anjo depara-se com uma multidão devassa querendo comê-lo, “tanto no erótico quanto no canibaico”. Não há salvação! Parte, de imediato, Lot levando ainda, à tiracolo, uma esposa que lamenta, mesmo que minimamente, o ter de deixar aquele inferno ao qual estava habituada. Ela olha para trás! Tá no sal! O anjo tinha avisado! Onde estava ficou para sempre. Onde está o seu tesouro, lá permanece seu coração, nesse caso, conservado à moda antiga, naqueles tempos em que os refrigeradores ainda não existiam, não obstante toda a modernidade alcançada pelas mentes e corações de então. 

Na cidade evoluída o fogo desce. Lot já vai longe. Sodomitas festejam e, ao mesmo tempo, gritam alucinados, depois... apavorados. Até que gritam de dor… até que não gritam mais. Nunca mais! Um misto de tensão e tesão toma conta daquela gente que se esfrega e se queima. Era tudo o que tinham agora: sangue, trevas, choro, gemidos, gritos, morte! Não há mais o que esperar… a evolução atinge seu ápice e as cidades vizinhas, assustam-se, mas logo se esquecem… e logo dão início à nova marcha evolutiva. Entendeu, conservador retrógrado?! 

Em preto e branco e fora de moda, 
Jeansley de Sousa

Um comentário:

  1. Os conservadores são a força que sustenta a sociedade. Se eles se acovardam ou se vendem, a sociedade rui. Isso sempre foi assim e sempre será. Não há força econômica ou política capaz de se sobrepor à força moral de uma personalidade autenticamente conservadora, disposta a dar a vida por seus valores!

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