Busca por palavras citadas neste blog

14 de março de 2012

Profecias para 2013

Nossos valores estão invertidos.
Mal 2012 engrenou e cá estou eu falando de acontecimentos certos para o ano seguinte. Lancei mão de minha bola de cristal (ou melhor: “bola de cristão”) e, pra ninguém dizer que só falei depois de ocorridas, seguem as mais óbvias, porém, aos olhos dos cegos voluntários, inacreditáveis previsões.

O ano terá início com a brasileirada ávida pelo início do carnaval. Termina o carnaval, começa o ano no “Braziu”. Mas não sem antes o balanço positivo feito pelas principais chamadas de reportagens em coro: “Milhares de brasileiros esquecem os problemas e saem com um sorriso no rosto para comemorar o carnaval!”; “Blocos comandam a folia nas ruas!”; e, “Na Sapucaí, desfiles de tirar o fôlego!”. Existem também os “poetas carnavalescos” que emendarão: “Esse é o povo brasileiro: mesmo sofrido, cheio de dificuldades, encara tudo com bom humor. Tem o bom senso de abraçar seus compatriotas, independentemente de raça, sexo, credo ou cor... na festa de todos os povos... onde tudo é amor, tudo é paz... Viva o nosso povo! Viva o Brasil... país do Carnaval... país da alegria!” (esses “poetas” escrevem ou declamam porque sabem: há quem leia, ouça, ache lindo e chore “patrioticamente” nessas horas... Haja manguaça... sem comentários...) É evidente que os acidentes em decorrência dos abusos nas festas e bailes, com vítimas fatais ou não, serão meros detalhes para a mídia. É também evidente que o número de confusões, brigas, traições etc. serão ignorados pela imprensa. Afinal de contas, quem se importa com tão pouco, quando se está diante do maior espetáculo da terra?

O ano de 2013 será também marcado pelas campanhas eleitorais, em preparação para o pleito de 2014, onde outra vez elegeremos (não eu, mas a maioria da brasileirada carnavalesca), numa espécie de jogada de marketing de nosso “sábio povo”, iluminados pelos publicitários esquerdistas, o nosso “número da sorte” e continuaremos no vermelho (por longa e sofrida data, temo).

Outro evento marcante, o Rock in Rio, que ocorreu em 2011, ocorrerá já em 2013. “Que massa!” “Coincidentemente”, acontecerá no mesmo ano e local em que milhares de jovens reunir-se-ão com o Papa na Jornada Mundial da Juventude. Se eu disser que é para tentar ofuscar a JMJ, você pode dizer que é teoria da conspiração, mas note bem: o primeiro R.i.R. no Rio (apesar de parecer redundante, mas o evento ganhou o mundo e já não ocorre só no Rio) aconteceu em 1985; o segundo em 1991; daí saltou para o ano de 2001 e, enfim, 2011, foram portanto, 10 anos entre os dois últimos eventos na Cidade Maravilhosa e, para manter a lógica, o próximo a ocorrer por aqui deveria ser em 2021 (e ainda que fosse antes, mas não tão antes, certo? Dois anos de intervalo apenas? E justo em época de efusivos gastos com Copa das Confederações, do Mundo e proximidade com as Olimpíadas? Estranhíssimo!), porém, após a confirmação da J.M.J. 2013 no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa tratou de agendar para o mesmo ano mais um Rock in Rio, como diria um “sábio”: “nunca na história deste país” tivemos um intervalo tão curto entre dois eventos deste porte na cidade. Porém, esteja à vontade para achar que é uma simples coincidência.

Quanto ao balanço do Rock in Rio, também teremos como conseqüência muitos mortos e feridos, seja em decorrência de confusões e acidentes in loco, quanto em decorrência de acidentes de trânsito, do álcool, das drogas ou dos suicídios emblemáticos de alguns “heróis tatuados e trajados de preto”. Nesse sentido, note-se também a grande cobertura da mídia empurrando para debaixo do tapete os “contras” para elevar, à exaustão, os “prós”... afinal, “é dia de rock, bebê!”

Não se tecerão grandes comentários a respeito dos gastos públicos feitos, a rodo, com paradas gays, carnavais de época ou fora dela, rock in rio’s (quantos lá o forem) e afins. Porém, notícia de destaque será o gasto do governo para arcar com a segurança dos jovens de todo o mundo na Jornada Mundial da Juventude (o detalhe é: não fossem os arruaceiros, que vão para brigar e insultar os católicos, a segurança seria desnecessária). Nesse mesmo evento, que reunirá mais gente do que todos os outros eventos somados, a cobertura da mídia não estará no fato de estarem em paz, louvando a Deus e ouvindo a palavra de nosso amado Papa, além de proporcionarem belíssimo espetáculo sem a necessidade de álcool ou entorpecentes. Também não tocarão no fato de eventos como os anteriormente citados causarem desgraças e mortes às pencas, ao passo em que o evento católico terá um número de sinistros igual a zero. A grande sacada da mídia será abordar, em reportagens especiais e “elucidativas”, a pedofilia do clero, a corrupção de um bispo aqui ou outro acolá, a revolta de homossexuais e abortistas contra a figura do Papa, ou ainda, algumas descobertas bombásticas feitas por protestantes em relação à fé católica, dentre outras “reportagens educativas”.

Ahh... já ia esquecendo de falar um pouco mais a respeito dos arruaceiros: é evidente que nos dias de JMJ2013, teremos um grupo de revoltados, fazendo furdunço, brigando com a polícia, berrando contra os católicos e tendo, logicamente, ampla cobertura midiática para cada uma de suas revoltas. Dentre seus motivos estarão: a “preocupação” com os “gastos públicos” na JMJ, a “preocupação” com as crianças vítimas dos padres pedófilos (“tão bem” noticiados pela TV), a “preocupação” com os “discursos de ódio” da Bíblia contra homossexuais, a “angústia” pelo “direito à liberdade sexual da mulher” de abortar seus filhos quando bem o quiser, direito esse sempre negado pelos Papas (machistas) durante toda história. O fato curioso e quase inacreditável de tudo isso, é que para a grande mídia, tais protestos serão como estandartes dos “direitos humanos”. O evento em si poderá reunir milhões de jovens em espetáculo majestoso, mas pouco importa; as lentes (de aumento) estarão focadas, diferentemente de outros eventos, nessas minorias rebeldes e/ou em temas “correlatos” como a pedofilia, conforme relação (extremamente injusta com a maioria esmagadora dos sacerdotes) que a mídia já estabeleceu e não há quem tire: Padre = pedófilo.

Para reforçar todo esse ataque cultural e religioso escondido sob as capas de “direitos humanos” ou da “conscientização social”, as emissoras televisivas lançarão novelas e mini-séries onde a vida será mostrada “como ela é”, ou seja, recheada de homossexuais, abortistas, se tiver padre, será corrupto ou pedófilo, se tiver alguém de fé, acabará por trair a fé, a esposa e quem mais encontrar pela frente. Cada novela, série, programa ou reallity show abordará um aspecto isoladamente, ou abordarão muitos combinados, ou quem sabe todos, numa ousadia televisiva “revolucionária” também “nunca antes vista na história desse país”.

Enfim... resolvi escrever essas “profecias” com antecedência de quase um ano, para não ocorrer de eu vir a escrever pós facto e ter de ouvir de alguns que tudo não passou de acidente, de mal entendido, que foi “sem querer querendo”, e que eu estou usando desses “pequenos equívocos” do governo ou da mídia para me fazer de vítima. A idéia de nosso governo em “parceria cultural” com a mídia é tão evidente e premeditada, que muito me espantaria se alguma dessas “profecias” para o ano que vem ficasse aquém do que escrevi. Temo, inclusive, que fiquem desgraçadamente além... Resta-nos rezar!

Cristão prevendo o óbvio,
Jeansley de Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Visualizações de página