Busca por palavras citadas neste blog

5 de março de 2012

Céu: muitos dizem acreditar; poucos vivem como tal

Tenho certeza você já ouviu dizer que “religião não se discute”, também já deve ter ouvido que “religião e vida não devem se misturar”. Talvez nunca tenha atentado para o fato de que quem diz isso, vive uma incoerência suprema, pois, via de regra, admitem “palpites” de artistas ou mesmo ideologias político-partidárias como norte de suas vidas. Sem falar nas infindáveis palavras de “sabedoria” de psicólogos, dentre outras filosofiazinhas baratas de celebridades e afins. Ou seja, quaisquer ensinamentos de quaisquer origens são válidos para aplicar à vida, mas os ensinamentos de Deus jamais. É Ele na Igreja e eu em casa! Cada um na sua! Tal postura é coerente para aqueles que se dizem cristãos (mas não o são), quando notamos um pedido de Jesus para que neguemos nossos próprios desejos e abracemos a cruz com amor durante essa vida. Uma vez que da parte de todas as outras filosofias, o caminho não passa pela cruz, mas ao contrário, prometem-se mundos e fundos. Felicidade aqui e agora! Evitar sofrimentos; usar e abusar do prazer; fugir da dor; fugir da cruz, evitando-a e mesmo odiando-a. Com tais idéias na cabeça, é mesmo muito conveniente que se coloque a religião em segundo, terceiro plano, ou, em um plano a perder de vista, ainda que no discurso continuem afirmando amar a Deus sobre todas as coisas, quando na prática não o amam sobre, mas ‘sob todas as coisas’.

Raros compreendem o ensinamento de Cristo, ainda que ele seja óbvio. A vida neste mundo é curta, passageira, portanto não vale à pena buscar a felicidade aqui, pois ela nunca foi encontrada por ninguém. Já era tempo de se ter notado isso! Nada nessa Terra sacia o ser humano. Ele sempre quer mais. Nunca está pleno. Portanto, é ato de extrema racionalidade pensar como São Francisco, que dizia: “É tão grande o bem que espero, que todo sofrimento neste mundo me é um grande prazer.” Se pensarmos que por mais que vivamos longos anos por aqui, todos esses anos são nada quando colocados em comparação com a eternidade... Na mais simples e óbvia das conclusões, deveríamos supor: “já que ninguém encontrou a felicidade aqui e há um número enorme de pessoas que viveram e morreram afirmando que tal felicidade existe além deste mundo, devemos nos propor a buscá-la em “lugares” diferentes daqueles em que não se encontrou nada além de pavor, angústia e desgraça.” Porém, as pessoas teimam em trilhar os mesmos caminhos por onde outros passaram e se desgraçaram. O final desses caminhos é o suicídio, os vícios, a traição, a angústia, o choro e ranger de dentes. Satanás, contudo, trata de maquiar tais tragédias, a fim de que outros tolos sigam os mesmos passos e encontrem o mesmo fim. E assim caminha a humanidade: nas trevas, porém, na ilusão de falsas e passageiras “luzes”, onde não habita o Altíssimo.

Já que tocamos no assunto: sabe essa felicidade que todos buscam na Terra, mas que, por aqui, vai e vem “na velocidade da luz” sem que ninguém a retenha? Sabe esse espera interior por algo que te complete definitiva e totalmente? Pois é... não encontrarás tal plenitude em nada neste mundo (que é local de sofrimento, desterro e vale de lágrimas, como rezamos). Observe os ricos que suicidam-se, ou os(as) modelos que vivem angustiados(as) e em depressão; olhem também os famosos que, vira e mexe, vão buscar algo para lhes completar o sentido da vida nas drogas... Enfim, não conheço ninguém que neste mundo tenha encontrado a felicidade, apesar de conhecer uma multidão (unânime) que a busca. Afinal, onde está esse tesouro que nossas almas têm certeza íntima que existe (por isso procuramos tanto)? Onde fica aquele “lugar” perfeito, com companhias sempre agradabilíssimas em completa harmonia? Que caminho seguir para chegar a essa alegria que nunca finda? Como fazer para obter a felicidade imutável, perene e sublime? Em que circunstância poderemos viver verdadeiramente livres, sem temer a morte ou qualquer mal, onde só haja verdade, justiça, paz e Deus seja tudo em todos? Em que lugar desse universo pode haver tanto deleite, novas e diferentes maneiras de alegria, criativas, infinitas... aonde apreciaremos o que os olhos não viram e os ouvidos jamais ouviram? Um lugar onde tudo é possível, nada é temeroso. Onde não existam barreiras de qualquer natureza que nos impeçam de voar, de viajar ao infinito com uma liberdade que transcenda todas as possibilidades desse nosso mundo tão reduzido e limitado! Onde o sorriso jamais seja interrompido, onde não haja traição nem maldade, onde a transparência nos dê a liberdade perfeita. Como faço para adquirir ingresso para os imperdíveis shows dos anjos, com suas luzes e sons incomparáveis a cantar e festejar? Onde é esse espetáculo? Onde estão esses homens, mulheres e anjos eternos, repletos, inebriados da presença do Criador? Pois é por essa plenitude que nossas almas esperam!

A visão moderna de Céu e Inferno é mera afronta à nossa visão cristã ensinada pelos profetas, pelos santos e escancarada, explicitada, vez por todas, por Jesus Cristo. O mundo apresenta sempre, em suas propagandas ou nas ideologias relativistas, uma completa inversão de valores: o inferno é quente o suficiente para que belas modelos fiquem nuas ou para que se possa saborear uma cerva gelada. Festas boas são aquelas que ficam do jeito que o Diabo gosta. Paralelamente, o Céu é um lugar monótono, triste, cheio de gente retardada, que andam pisando em nuvens. A propaganda é tão intensa que grandes nomes do mundo artístico não vacilam em afirmar que preferem o inferno ao céu. Muitos deles assim o ensinam a seus fãs que, obviamente, aprendem, pois, conforme já explicado, não misturam os ensinamentos de Deus com suas vidas, mas os ensinamentos dos artistas sim. São palavras sempre muito “sábias” para essa gente. Uma pena! Não sabem o que dizem! A ausência de Deus (que é o Inferno) é a ausência de toda alegria, de toda criatividade, de todo prazer. É a ausência completa e eterna de tudo o que é bom, pois tudo o que é bom vem de Deus e nEle está para sempre de forma integral e ordenada.

Portanto, católicos, abram os olhos! O mundo não é uma festa. A vida terrena não possui a felicidade que nossas almas tanto suspiram (que tem por característica básica a eternidade). A única certeza que se tem de tal passagem por aqui é a morte, logo, essa passagem não pode ser boa em si; não pode ser plena. É tolo quem vive em busca da saciedade aqui. A busca de todo cristão, neste mundo, deve ser a busca pela verdade, pela justiça, pela manifestação da vontade e dos planos de Deus e não dos nossos. Essa busca, em 100% das vezes, nos traz perseguições, inimizades e, em alguns casos, o martírio de fato. O grande diferencial é que esses sofrimentos (presentes de outras formas nas vidas de todos, inclusive os não-cristãos) para os cristãos, são superados na paz e na esperança da salvação e da plenitude eterna. Conscientes de que andamos e padecemos neste vale de lágrimas, porém, ancorados no Céu.

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

6 comentários:

  1. Lindo, lindo!! Me lembrei da formação, quando refletíamos sobre esse mundo e a eternidade... muito bom, inclusive como faço pra conseguir aquela música que vc sempre passava? "civilização do amor"?
    Abraço

    ResponderExcluir
  2. http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=hUCeFD4op2s

    taí o link.. só baixar a música

    ResponderExcluir
  3. Que bom que gostou, Karine. Quanto à música, acabo de enviar em formato mp3 para o seu e-mail. Abraço e fique com Deus!

    ResponderExcluir
  4. Valeu pela postagem, Sandra. Bom que mais gente tem acesso também. Aliás, acho que esse artigo ficaria bom com esse fundo musical. Abraço e fique com Deus!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hoje, até mesmo dentro da Igreja existem movimentos que pregam o relativismo, as pessoas fazem uma adaptação dos ensinamentos de Cristo ao seu modo de vida viciado, ao invés de viver a transformação proposta nas sagradas escrituras. Hoje mais do que nunca eu sei que devo ser forte na fé, perseverante na oração e constante no exercício das virtudes, pois o reino do céu se conquista a força, e cada vez mais percebo o quanto sou fraco e o quanto é necessário se fortalecer cada vez mais. Assim faço minhas as palavras de Santo Afonso de Ligório: “ Se Deus não preservar a alma do pecado, em vão procurará ela fugir dele com suas próprias forças.” Ou seja, sem oração não há salvação.

      Abraço Jean, e que Deus continue te utilizando como instrumento de salvação.

      David Denis

      Excluir
  5. David, obrigado pela participação. Muito oportuna. Grande abraço e fique com Deus!

    ResponderExcluir

Visualizações de página