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15 de fevereiro de 2012

Pulando o carnaval

Chegando o carnaval e vocês não fazem idéia da minha animação. Não vejo a hora de os tambores soarem, as mulatas sambarem e de cair na folia com a malandragem... Quem me conhece sabe que é assim mesmo: sou praticamente o "jeanslinho 30"...

Nada como começar de forma irônica a abordagem sobre um momento em que os brasileiros – que, em regra, já não são nenhuma referência de racionalidade – resolvem abandonar o restinho de razão, inteligência e sobriedade que ainda tinham, entregando-se descontroladamente ao prazer e à alegria, sem quaisquer fundamentos. Afinal: Por que motivo é tão contagiante sair pulando atrás de um carro de som, em meio a uma muvuca suada e fedendo a cachaça, gritando histericamente? Isso narrando a, digamos... “melhor” das hipóteses, pois não quero aqui retratar as “festas” em que o sexo explícito e diversificado (vulga suruba) é que comanda. Também acho que não convém citar os vômitos e comas alcoólicos, além dos viciados em entorpecentes de modo geral. Não! Não! Eu não citarei os marombados de mão boba que têm como alvo vossas nádegas carnudas ou secas... nesse sentido, também não creio ser oportuno citar que os donos(as) das nádegas sintam-se lisonjeados(as) com tamanha consideração.

A grande atração do carnaval é a licença que a brasileirada tira para poder “livremente” afastar-se do uso da razão, do bom senso, dos princípios e valores morais etc... Como se no resto do tempo fossem pessoas comprometidas com tais valores! Portanto, não à toa comecei o artigo de forma irônica. A licença para promover a desordem moral é uma imensa ironia, quando levamos em consideração que tais aberrações já se cometem todos os finais de semana do ano (no mínimo). Há quem desrespeite até a sexta-feira da paixão... E não se espantem: muitos se dizem católicos “praticantes”!!!

E o que dizer dos desfiles das “escolas” de samba, com suas fantasias, danças, ritos e histórias intimamente atreladas ao paganismo, às religiões (isso mesmo: eu disse religiões e não simplesmente “culturas”) africanas ou afro-brasileiras? A grande sacada é colocar tudo no mesmo barco e chamar de cultura para não chocar os adeptos de outras denominações religiosas, atraindo-os para os cultos aos demô... digo, para as “manifestações culturais”. Porém, é evidente a um ouvido e a um olhar atento, que nessas “manifestações populares” tira-se licença não apenas da moral como citei acima, mas também da fé: é patuá pra cá, mãe oxum pra lá, galinha preta aqui, tambor no terreiro acolá. As baianas e as pombas giram; os “deuses” se alegram, tomam porre e vêm para a orgia também. A festa fica do jeito que o diabo gosta... e se o diabo gosta, a conclusão dessa gente é mais que óbvia: “claro que todos gostam também”. Mas é tudo em nome da “cultura” e da “brincadeira”. E se você estiver achando essas “manifestações” muito estranhas e estiver mais propenso a afastar-se do que continuar, não há nada que uma bela bunda rebolando na sua frente não o faça mudar de opinião ou ao menos relativizá-la... Tudo é festa! Tudo pode! Viva o "Braziu"!

Não quero aqui fazer um julgamento de pessoas. Se observarem bem não cito nomes ou condutas pessoais (se bem que teríamos uma lista quase infindável entre nossos conterrâneos). O grande ponto aqui é analisar o comportamento da massa, a razão de ser de cada coisa e as virtudes que devemos (ou deveríamos) cultivar de forma perseverante até a consumação do nosso tempo nessa terra. Católico!!! Deixe as comemorações efusivas para o momento oportuno. O momento oportuno não é a sexta-feira, não são os finais de semana, tampouco é o carnaval. O momento oportuno da folia será aquele em que nosso Senhor vier a nos coroar por nossa vida nessa Terra. O momento oportuno é aquele em que a alegria não será trazida pela embriaguez ou pelo prazer desregrado, mas pelo próprio Autor de toda Alegria e Felicidade. E ela não será passageira! Porém, quem quiser viver a plenitude dessa alegria deve, obviamente, seguir os passos de seu Mestre: tomar sua cruz, negar-se a si mesmo e segui-lo até a morte. Lá sim todos nos verão festejar sem a fadiga do trabalho de uma segunda-feira e sem a maldita ressaca das quartas-feiras de cinzas! Aos católicos que compreenderam isso, desejo nesse carnaval bons momentos de reflexão, conversas santas e oração. Aos que me acham “radical demais”, boas fungadas de sovaco e não esqueçam de proteger bem as nádegas, caso lhes convenham. No mais, resolvam-se com Deus no final das contas!!!

P.S.: A alegria deve estar presente na vida dos cristãos todos os dias (não apenas no carnaval). As confraternizações, ou seja, celebrações entre irmãos, deverá existir também. O que não pode é viver (nem pelos dias do carnaval) como se tudo fosse normal e permitido. A alegria e o prazer são dons de Deus, mas não são deuses. Coloquemos as sensações em seus devidos lugares!

“Ruim da cabeça e doente do pé”,
Jeansley de Sousa

4 comentários:

  1. Apoiado companheiro!! Não existe festejo mais sem fundamento do q esse... muito "sem graça" (literalmente)!!

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  2. Verdade Karine: total e literalmente sem Graça. Abraço e obrigado pela participação. Fique com Deus!

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  3. Bastante interessante o carnaval...
    Sinto falta de um tempo que não vivi, de uma história que não participei e que jamais irá se repetir.
    Olhando o início (registrado em arquivos televisivos), vejo quanto diferente era o carnaval, pois ao invés da bateria cheia de instrumentos no dia de hoje, tínhamos apenas as marchinhas... o público era muito bem vestido e suas fantasias eram belas (o bêbado, o equilibrista, a bailarina..), ao invés da vulgaridade da nudez completa, já que o tapa sexo, tapa somente o sexo (ato), porque a mulher fica nua mesmo e não tentem me convencer o contrario.
    Sinto falta de um tempo em que antes dos desfiles nas ruas.... o povo pedia a benção do Padre logo após a Santa Missa (isso claro, no interior das cidades de sua região), pois o carnaval, não tinha nenhuma referencia pagã, bons tempos aqueles em que todos iam para as ruas e voltavam tranquilamente para suas casas.
    Voltando a realidade dos dias de hoje, nem me encorajo mais a ligar a televisão para ver alguma escola de samba e quando a faço, me deparo com uma mulher NUA, se insinuando para uma nação inteira, porque as emissoras fazem questão de focar o que não está coberto. Em relação aos homens que desfilam nossa, cada tanquinho do ano, um mais belo que o outro, mas quando se dão o trabalho de abrir a boca, estão mais para homem fossa.
    Assisti uma entrevista rápida, dessas que sempre fazem antes de cada escola entrar, vi ali o homem mais lindo de todos, até que ele tava bem vestido para o evento e o repórter perguntou o que ele esperava desse carnaval, pela lógica, imaginei que ele iria querer no mínimo a vitória de sua escola, mas o energúmeno (isso para não chamar de outra coisa), disse que queria bater a meta dele e “comer” no mínimo 20 mulheres nesse carnaval.
    Como o meu amado primo Jeansley de Sousa mesmo disse no título do arquivo... PULANDO O CARNAVAL é isso que estou fazendo.

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  4. É isso aí, Sandra, concordo com sua análise e, sobretudo, pulemos juntos todos esses dias... E que venha logo a Quaresma! Grande abraço!

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