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16 de janeiro de 2012

Vida de oração. Ou: resgatando um hábito elementar

Ah! Já chega de aceitar passivamente os rótulos de papa hóstia, “beato(a)”, carola ou o escambal. Vamos colocar a situação às claras! No dizer de Santo Afonso: “quem reza se salva, quem não reza certamente se condena!” O mesmo santo vai dizer da santa comunhão: “Jesus na Eucaristia é o médico e o remédio!” João Paulo II, afirmou: “A Igreja é a carícia de Deus para o mundo!” Nas palavras de nossa mãe Maria, quando de sua aparição em Fátima, no ano de 1917, ouvimos: “Rezai o terço todos os dias!” Uma das videntes dessa mesma aparição (Irmã Lúcia), certa vez exclamou: “O Rosário é, pelas almas, como o Pão Espiritual de cada dia!” Enfim, são inúmeros os testemunhos e as insistências de homens e mulheres de grande alma e incontáveis virtudes a nos impulsionar à vida interior. Vida de oração, de participação nos sacramentos e de comprometimento fiel com a Igreja (que é de Cristo o próprio corpo). Chega de balelas. Chega de ficar dando ouvidos a pseudocristãos que julgam que tais práticas são ultrapassadas ou desnecessárias, afirmando que importa somente a ação. Chega de querer imitar os líderes das caravanas que conduzem aos quintos dos infernos... Se quiserem ir por aí, vão fundo. Ficarei por aqui, unido à Madre Teresa, São Francisco de Assis, São Padre Pio, Papa Bento XVI, aos sacerdotes, religiosos e meus amigos leigos que buscam uma caminhada coerente com a cruz. A porta estreita! A oração e a penitência!

Quem foi que falou que a ajuda aos necessitados basta? Quem foi que falou que a urgência da ação missionária deve prescindir da oração? A quem possua saúde mental em grau suficiente para compreender coisas elementares, a conclusão deve ser óbvia: uma coisa não exclui a outra. Não são contraditórias! Isso falando racionalmente! Analisando sob um prisma espiritual, a coisa ganha ainda um significado maior, a saber: não é possível fazer o bem sem Deus, ou seja: antes de ajudar os necessitados, antes de dar alguma assistência a alguém, é preciso rezar, é preciso buscar os sacramentos, é preciso estar em comunhão com Cristo, pois Ele é a caridade por excelência e fora dEle não há caridade. Pode até haver alguma obra social, política ou coisas do tipo a auxiliar alguém, porém, caridade fora dEle não há nem haverá jamais.

Aos propensos aos estudos, encorajo: não desistam! Porém, incluam em suas rotinas: a oração, a meditação, a vivência da fé em comunhão com toda Igreja; o estudo da doutrina e história católica e da espiritualidade dos santos, além de outros que possam ser colocados à disposição da Divina Providência como instrumentos para a missão. Não dê ouvidos aos que dizem “minha religião é Deus” ou “religião não salva ninguém”, pois se assim fosse, Cristo não teria dito a Pedro: “Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA!” Portanto, os que assim vivem e pregam, ou não compreenderam a obra de Deus que é a SUA IGREJA sempre viva e atuante até que Cristo volte, apesar dos ataques e dos pecados incontáveis de seus próprios filhos; ou... até compreenderam, mas não querem aderir, seja por preguiça, seja por orgulho. Enfim, estou seguro de que você, caro leitor, não se enquadra em nenhum desses perfis (preguiçosos ou orgulhosos) e irá criar (ou perseverar) em sua casa e em sua família, o hábito da oração diária, o hábito de assistir à Santa Missa nos dias prescritos pela Igreja (Domingos e Festas de Guarda), o hábito de confessar-se, comungar... alimentar a alma com os sacramentos, na mesma proporção em que nutre o corpo com os alimentos.

Os discursos mais comuns que ouvimos nos dizem que não adianta nada rezar se não tiver ação. Na verdade a intenção de tais pessoas anda longe de ser a mesma de São Tiago ao afirmar que a fé sem as obras é morta. A idéia dessas mentes perversas é dissuadi-lo da necessidade de oração e vida interior. Note-se que geralmente essas “sugestões”... essas "dicas geniais"... aparecem assim que alguém acabou de dar um testemunho de oração, de participação eclesial, ou acabou de falar da importância dos sacramentos. E o discurso já é tão batido, que a maioria das pessoas o repete sem saber o mal que faz. O discurso, meus irmãos, para ser completo e de acordo com a vontade de Deus não deveria elevar a ação desconsiderando a oração e nem o contrário, mas uni-los, somá-los. Aliadas ação e oração, as trevas não terão poder algum, porém, enquanto forem colocadas como incompatíveis não haverá luz para quem assim opte por viver! Portanto, não basta trabalhar e estudar até tornar-se um intelectual, ainda que defensor da fé. Rezar tem que ser parte intensa e habitual na vida de todo cristão. Os textos que escrevo não são frutos do acaso, mas frutos da oração e da meditação: sozinho, em família ou entre amigos. São frutos da participação na Eucaristia. E, além disso, obviamente, são frutos do estudo, do trabalho e da experiência de vida cristã, que são sempre vividas e aprendidas em comunhão com a Igreja. Seja esse também o seu hábito, a sua rotina... afinal, são as armas mais poderosas de que dispomos para vencer o inimigo, suportar as provações, tentações e alcançar a felicidade eterna. O resto não passa de conversa de gente ociosa!

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

5 comentários:

  1. como sempre, esclarecedor e sem rodeios,
    gostei bastante

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  2. Obrigado pela participação Ana e Wesley. Grande abraço e fiquem com Deus!

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    1. ÊEEEEEEEEEEEEEE, o público agora tá dando uma de moralista, estupro no big brother... é faca na caveira véi... nada a ver com o tema Ogh... Mas a imoralidade quase chegou ao ápice, agora só falto um suicidio ao vivo na tv.

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    2. Jean, só uma questão que está me martelando,qual é a posição do Pe. Ricardo, sobre a renovação carismática, vi uma citação de uma palestra dele que me parece ultra pró-pentecostalismo católico, gostaria de saber se a fonte é autêntica, ou trata-se de uma visão distorcida do que ele realmente quis dizer. A cada dia fico confuso, pois me parece que ninguém dentro da igreja tem coragem de se posicionar, a favor ou contra as ideias da renovação, tenho a impressão que todo mundo passa a mão na cabeça.

      segue o link:

      http://www.deuslovult.org/2008/12/15/padre-paulo-ricardo-sobre-a-rcc/

      David Denis

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  3. David, a posição do Pe. Paulo Ricardo parece-me bastante equilibrada em todos os temas que pude observar até hoje. Vejo nele uma fidelidade à Sã Doutrina e ao Papa em todos os seus posicionamentos, inclusive no que toca à RCC que, conforme o Santo Padre, é um movimento católico que muito tem contribuido para a Evangelização (especialmente no Brasil) mas que, no entanto, a exemplo de qualquer outro movimento possui muita gente infiel às nossas fontes de fé. Quanto a essa palestra que foi transcrita no site que você indicou, eu já a conhecia e não vejo porque discordar. De fato, todas as pessoas ou movimentos passam por provações e tentações nesse mundo e, somente depois de provadas, pode-se dizer se a obra é de Deus ou não. Na ocasião, o padre reafirmou que tal provação aconteceria à RCC...
    No mais, vejo no Pe. Paulo Ricardo um constante combate contra a imoralidade e a distorção da verdadeira fé feitas por religiosos, sacerdotes e mesmo alguns bispos (infiéis ao Papa), bem como um trabalho incansável na formação de seminaristas, que serão nossos futuros sacerdotes. Em breve, estaremos colhendo muitos frutos desse trabalho que com certeza deve ocupar-lhe quase a totalidade do tempo nesta Terra. Não creio que seja sábio, da parte dele, desgastar-se apenas com um movimento (seja ele qual for). Na minha opinião se ele fizesse isso, seria como se numa guerra tirasse os olhos e a concentração do ataque aos verdadeiros inimigos, para ater-se ao uniforme torto ou às botas de número maior ou menor que os pés daqueles que combatem (ainda que imperfeitamente) ao seu lado.

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