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9 de janeiro de 2012

O orgulho que as crianças desconhecem

Gente! Parou né? Chega de frescura! Nosso Mestre nos ensinou que o Reino de Deus pertence a quem se pareça com as crianças. E criança não se sente humilhada, ofendida em sua honra a ponto de não querer mais conversar, cortar relações com os(as) amiguinhos(as). Criança, definitivamente não sabe o que é orgulho e, também definitivamente, não se sente humilhada quando briga ou discute com seus iguais. Passam-se dez minutos, às vezes nem isso, e lá está o pequeno(a) brincando feliz como se nada tivesse acontecido. Sem mágoas. Sem ressentimentos.

Aí o ser humano cresce e vai embabacando-se (ou seria esbabacando-se? Enfim... vai ficando babaca!). Começa a guardar mágoas; para de falar com fulano por causa de algo que o mesmo disse ou fez, começa a dar um “gelo” até que tudo se congele de vez... passam-se dez, vinte anos e o “adulto maduro”, do alto de seu orgulho, permanece sem falar com o fulano, e se você for perguntar o motivo, vai escutar dele uns dois ou três resmungos e um “vamos mudar de assunto”. Sabe por quê? Por que nem ele se lembra mais o motivo! Quem foi que disse que amadurecer significa passar da humildade ao orgulho, em vez de evoluirmos na mesma humildade? Que honra e amor próprio são esses que você carrega e que Cristo, mesmo sendo Deus (Ele sim, digno de toda honra), despojou-se e ordenou que fizéssemos o mesmo? Por que você carrega ainda esse orgulho que há tempos já deveria ter sido esquecido aos pés da cruz? Se, quando crianças, éramos pequenos humildes, deveríamos crescer, conhecer Deus e suas obras, até tornarmo-nos maduros e grandes na mesma humildade sem jamais abandoná-la. Funcionaria mais ou menos assim: passaríamos da ingenuidade à maturidade; da ignorância ao conhecimento; da baixa à alta estatura (via de regra), da pouca idade à idade que Deus nos concedesse viver, da pequena humildade à grande humildade. Se no seu caso, esse processo não funcionou dessa maneira, é sinal de que você está fazendo isso errado! Conserte-se enquanto é tempo. O orgulho, em nenhum momento, deveria ter entrado nesse processo de amadurecimento, sob pena de o mesmo tornar-se processo de apodrecimento!

Às vezes acho graça de algumas pessoas que se dizem cristãs e que rezam o Pai Nosso com um ar devocional de encher os olhos. Clamam a plenos pulmões: “Pai, perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, mas teimam em guardar rancores. Será que sabem mesmo o que estão pedindo? Ora, se o Pai for perdoar ASSIM COMO essas pessoas têm perdoado seus próximos, temo que, em um número considerável de casos, teremos gente sem o perdão divino. E nada mais justo! Afinal, Cristo não nos ensinou uma poesia, mas uma oração que há de ser atendida tal e qual pedimos (e nem adianta, com o jeitinho brasileiro, querer mudar a letra ou a idéia, pra ver se cola)! E o que dizer daquelas pessoas com a maldita frase: “Perdoo fulano, mas nunca mais falo com ele!”? Será que é assim que essa pessoa deseja ser recepcionada no Céu, ouvindo Deus dirigindo-se a terceiros (eu disse a terceiros... sem fitá-la) e dizendo dela: “Nunca mais falarei com ela.”? Bom... não sei vocês, mas eu pretendo chegar ao Céu e ser recepcionado de braços abertos por Cristo; receber dEle um forte abraço e um sonoro e caloroso: “Bem-vindo Jeansley!” E se é assim que quero ser recebido e ver perdoadas minhas ofensas, é também assim que devo perdoar. É nessa simplicidade e sinceridade de coração que devo me esforçar para viver! Eis minha luta (uma delas) nesta vida! O que não significa que não iremos brigar, discutir, criar alguns “barracos” de vez em quando... em muitos casos, nesse mundo cada vez mais apegado ao que não vem de Deus, isso se faz necessário inclusive. A grande sacada é: não guardar rancor; não guardar mágoas; não cultivar o ódio. Pois agir energicamente, o próprio Cristo o fez em diversas ocasiões, entretanto, por mais contraditório que pudesse parecer, Ele sempre pedia que aprendêssemos dEle que é manso e humilde de coração. É o que tenho pedido e sugiro que você também o faça: clamar, junto com toda Igreja, por um coração assim: intrépido, porém sem rancor! “Jesus manso e humilde de coração, fazei os nossos corações semelhantes ao vosso!”

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

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