Acontece... mas você nunca vê!

Ultimamente a imprensa tem alardeado a população com notícias dramáticas. Nesse sentido, note-se as centenas de vezes em que se repetiram as imagens de um jovem quebrando uma lâmpada fluorescente na cabeça de outro; o bombástico “homicídio” do cachorrinho; ou o sucesso de “Ai se eu te pego” no Japão, em Israel, nos EUA e no Setor P Sul de Ceilândia. Enfim... notícias de uma relevância incomparável e que merecem mesmo os primeiros lugares nos meios de comunicação jornalística! (Parênteses para um aviso aos desavisados: estou sendo “um pouco” irônico quanto à relevância de tais “notícias”, em relação ao mundo macabro que nos rodeia).

Por que fazer vista grossa aos cinqüenta mil homicídios por ano que colocam o país na “louvável” posição de país mais violento do mundo? Por que será que quando se preocupam em alardear crimes o fazem somente para proteger minorias humanas ou nem isso (homossexuais, negros, ursos pandas, cachorros, lâmpadas)? Por que será que a imprensa (quase de forma absoluta) em todo o mundo parece ignorar o fato de os cristãos encontrarem-se há décadas como os seres humanos mais perseguidos, torturados e mortos de nosso planeta? Onde querem chegar com tamanha ignorância e inversão de valores (e fatos!)? Por que ignoram propositadamente a morte do elefante para noticiar um acidente entre moscas? Não que tais acidentes não tenham sua importância... Claro que têm! Mas em um universo em que crianças são assassinadas por determinação do Estado (que não quer que os pais tenham mais filhos que o estipulado, em países comunistas como a China); em um mundo onde a liberdade morreu completamente e todos os cidadãos de uma nação são obrigados a forçar um choro copioso (desesperado e desesperador) pela morte de seu líder, em frente às câmeras da única imprensa existente em um país (a imprensa estatal da comunista Coréia do Norte); em um Brasil (capitalista no bolso, mas comunista no coração) onde o governo tira a autoridade dos pais de corrigir os próprios filhos, para melhor enfiar goela abaixo: kits gays, idéias abortistas, princípios rebeldes e revolucionários (como acontece em nossa, já há algum tempo, pseudodemocracia onde as "maiorias" andam oprimidas)... Enfim, em um cenário mundialmente catastrófico, onde valores e princípios são virados de ponta à cabeça por mentalidades perversas que querem construir uma espécie de “paraíso” na Terra, porém, sem Deus, sem famílias, sem religião, sem ordem, fé ou moral... apenas à mercê da “Divina Providência Estatal”, você ter que ouvir da imprensa que o assassinato de um cachorro é a coisa mais dramática do dia, ou, pior, da semana e do mês!!! Ahh tenha santa paciência!!!

Enquanto isso, nosso “amado” Congresso Nacional (acho que não preciso dizer que fui irônico outra vez né?), esquerdista até a alma, elabora projetos de leis que promovam a cultura e religião islâmica nas escolas públicas, a fim de cessar os preconceitos e perseguições contra a “religião da paz” (agora o irônico não fui eu, mas os idealizadores de tais projetos... cá pra nós: afirmar categoricamente que islâmico não é sinônimo de terrorista é razoável, agora daí a promovê-los a exemplo de pacifismo... sem comentários...). Agora me diga, quando foi que você viu no Brasil algum muçulmano ser preso, torturado, perseguido ou morto pelo simples fato de ser muçulmano? Lembre-me aí... pode recorrer aos jornais da grande mídia ou da imprensa nanica dos últimos cinqüenta ou cem anos... esteja à vontade para me provar que exista tal perseguição que enseje a elaboração de leis que eduquem o povo brasileiro a fim de que pare de maltratar os islâmicos.

Caso você leia o parágrafo acima e não encontre evidências de tal perseguição, volte aqui e comente o que você acha que está acontecendo para que os poderes e a mídia, numa parceria macabra, coe moscas e engula camelos. Volte aqui e me responda se você acredita mesmo que toda a promoção dos direitos das minorias, toda a legislação em favor de culturas que nunca nos pertenceram (mas nem por isso são perseguidas por nosso povo), mas que querem, à força, serem implementadas por aqui... tem como escopo a defesa dos direitos humanos? Você acredita mesmo nisso? Se as “perseguições” aos muçulmanos no Brasil acabassem, continuaríamos a ser o país mais violento do mundo, pelo simples fato de não existir tal perseguição. Se o assassinato de homossexuais cessasse (e tem de cessar, evidentemente), teríamos uma redução inferior a 0,01% no número de homicídios. Parece estranho, mas Estado e mídia conseguem fazer vista grossa aos outros 99,9%... Se contar ninguém acredita, mas pasmem: a sociedade vai na onda e defende com unhas e dentes os direitos das minorias ou os direitos dos inexistentes (islâmicos perseguidos no Brasil), ignorando, numa cegueira medonha, todo o resto.

Quanto ao tráfico... ahhh isso é “desconsiderável”! Existem projetos (e não se espantem se algum vier a se tornar lei) que querem equiparar o pequeno traficante ao usuário, descriminalizando assim sua conduta... Em breve, a sacada poderá ter até slogan. Já adianto e sugiro: “pequenos traficantes, grandes negócios” (esse é o momento em que temo que o sarcasmo esteja cortejando os fatos...). Ao mesmo tempo em que fortalecem o tráfico, querem enfraquecer o pai de família, sugerindo-lhe que “devolva” sua arma ao Estado. Assim, os bandidos poderão entrar em sua casa, estuprar sua esposa, roubar seus pertences, seqüestrar seus filhos e, se tiverem noção do sofrimento que lhe causaram e não quiserem vê-lo prolongado, encurtar sua vida com um tiro na testa. Nessa situação você estará sob a proteção “sempre eficiente” de nossas bem equipadas e treinadas Forças Armadas (que em breve poderão, também elas, serem desarmadas para evitar acidentes, “balas perdidas”, abusos de autoridade etc.). Ou seja, conserta-se tudo, menos o problema.

Se por um lado, a força consciente e votante do país poderia mudar o cenário e colocar as coisas no eixo, por outro lado a escassez de opções é desesperadora. Há tempos que no Brasil democracia é apenas um conceito que se analisa abstratamente. Há tempos que vivemos sob um falso pluripartidarismo político. A orientação é sempre a mesma independente do rótulo. Pendemos para a esquerda. Nossa balança só tem um lado! A briga pelo poder gira em torno de centro-esquerda, esquerda e extrema esquerda. Não há mais direita. Não há mais conservadorismo. Não existem mais, na política, valores, tradição, fé, família, defesa da vida (desde a concepção). Tais valores foram considerados opressores, tiranos e inadequados para a modernidade. Nossa opção de cristãos, nesse caos moral em que nos encontramos, deve ser o de optar (votar) naquele candidato ou partido que mais se distancie das afrontas à moral cristã que ergueu nosso povo e cultura, ao mesmo tempo em que a postura de tal candidato/partido se aproxime, ainda que em uma proximidade insatisfatória, dos valores que verdadeiramente queremos (e devemos) cultivar... A opção, portanto, é escolher dentre os maus o “menos mau” e ademais, rezar... Joelhos no chão e rosário na mão. Mas parece que nosso país já fez sua escolha! E temo que não tenha mais volta! Escolherá sempre mais do mesmo. Somos vermelhos! Vermelho sangue! Vermelho ódio! Sob a bandeira de pretensos “Direitos Humanos”, nossa liberdade de crença e de expressão vai sendo tolhida... e tolhida sob aplausos de uma sociedade corrompida e alienada que se esqueceu de seu Deus. Nós que ainda não nos esquecemos, lutemos. Lutemos com nosso testemunho, nossas palavras e nossas orações. Sejam nossas armas: os sacramentos, o rosário e nossas vozes a denunciar a maldade que, por mais tenebrosa, jamais terá força suficiente para destruir o que Cristo ergueu com a própria vida. As portas do inferno não prevalecerão!

Às armas e bom combate,
Jeansley de Sousa