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22 de dezembro de 2011

O preço da verdade

Compre uma roupa e pague em três suaves prestações. Compre um carro e pague em vinte e quatro vezes. Compre uma casa e pague a perder de vista (mas termine antes de morrer, de preferência). “Compre” a verdade e pague por toda a vida e com a própria vida. Eis preço! Sem mais!

A mentira é certamente o caminho mais cômodo e imediato diante de situações de pressão. Mente-se para escapar de repreensões, para fugir das consequências dos próprios atos, para defender-se da justiça, da polícia ou da patroa. Enfim... há quem minta por puro prazer de criar histórias e ser delas o herói. E as pernas curtas da mentira nunca foram motivo para que os mentirosos desistissem. Pernas de pau (e caras de pau, diga-se) sempre dão um jeito de complementar uma “perna curta” com outra um pouco maior, até que se suba a uma altura tão desequilibrada que não consiga mais sair disso senão caindo. O mentiroso é semelhante a uma pessoa com uma enorme faixa de pano nas mãos: enrola de cá, engana de lá, puxa daqui, conserta dali... e em pouco tempo, cá estamos nós diante de uma múmia, que de tão bem enfaixada, há de causar inveja nos egípcios de três ou quatro mil anos. O mais irônico é que o pai da mentira, (assim Cristo chamou Satanás) é o primeiro a te colocar em enrascadas a fim de jogar-lhe na cara o quanto você ficou mumificado ainda em vida. Ridicularizando-o, desprezando-o, humilhando-o e tentando te mostrar que não há como sair disso, afinal você não sabe nem por onde começar.

Ensinou-nos o Mestre que o fardo do mundo era pesado e que o Seu era leve. Tão leve e tão simples: a verdade. Verdade que nos deixa livres dessas amarras descritas no parágrafo anterior, mas que vem com um preço: a vida. O grande detalhe desse preço que nos parece demasiado caro, é que a vida não nos é roubada, mas livremente ofertada. É ato de quem compreendeu que Cristo é a verdade e, se Ele, de bom grado deu a própria vida por nós, nós, de bom grado, ofereceremos nossa vida a Ele, por Ele e com Ele pela salvação de muitos (inclusive a nossa própria: “quem perde sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la!” Mt. 10,39).

Essa doação, sacrifício e morte pode não acontecer de forma literal, com o martírio, mas terá sempre o mesmo preço: a vida. Sofrer calúnias, injúrias e difamações são conseqüências da vivência da verdade em um mundo de mentiras, e por mais contraditório que possa parecer, quem sofre dessa maneira com Cristo, encontra a paz. A paz que o mundo não tem.

Propositadamente à esquerda de nosso blog encontra-se uma frase de São João Vianney em um campo que deveria ser modificado com maior freqüência. Entretanto, toda vez que vou substituí-la deparo-me, em minha vida, com alguns ataques de satanás, pelos meios de que ele dispõe para fazê-lo contra quem o incomode (provações, tentações, incitações de pessoas próximas com mentiras tão fantasiosas que sinto-me quase um personagem de Hollywood. Não... não... menos que isso, as suposições gratuitas são tão ridículas que sinto-me como um dos vilões do Chapolin Colorado: “Almôndega”, “Quase Nada”, “Tripa Seca”... Vamos subir esse nível, galera! – isso é uma ironia, não uma súplica ok?) Brincadeiras à parte e retomando o que ia dizendo... percebo que a frase é viva e deve permanecer não somente no blog, mas no coração dos que procuram viver a verdade, a fim de que consolados e conscientes, sigam adiante no combate dos justos, sem medo da falsidade e do veneno dos hipócritas. Eles que nos temam! Com a graça de Deus, não calaremos a verdade! É com esta frase batida e rebatida em nossa página que encerro este último artigo de 2011: “O demônio deixa bem tranqüilo os maus cristãos; ninguém se preocupa com eles, mas contra aqueles que fazem o bem ele suscita mil calúnias, mil ofensas.”

Um santo e abençoado Natal a todos!
Em 2012, perseveremos na batalha da oração e do estudo a fim de que no final de nossas jornadas possamos dizer como São Paulo: “Combati o bom combate, guardei a fé!”

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

3 comentários:

  1. Pretendo ainda esse ano, se possível, postar aos leitores de nosso blog uma breve mensagem acerca do livro que escrevi, intitulado: “A Guerra invisível”, que espero, superadas as burocracias, esteja à venda ao menos em algumas livrarias católicas do Distrito Federal. Abraço em todos!

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  2. É desta forma que quero viver, já fui muito mentiroso, quando era bancário, abri um processo contra o banco, alegando que não recebia as horas extras, sendo que eu recebia, tudo para ganhar injustamente R$ 30 mil reais, mas hoje vivo a verdade até mesmo nos mínimos detalhes como: Olhar para uma mulher na rua desfilando e minha esposa perguntar: "Você seu safado, estava olhando para aquela piranha?" E eu responder: Sim, mas não desejei, pois se a desejo, eu estaria cometendo adultério em meu coração. Depois que começei a viver a verdade, começei a enxergar melhor, e me sentir livre, sem medo de nada e de ninguém, e preparado para as consequências dos mentirosos, filho de satanás. Mais um belo artigo! ótimo Natal para você e sua família Jeansley. Fique em Paz.

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  3. Valeu Brunno! Um santo e abençoado Natal para você e sua família também!

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