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6 de julho de 2011

Matrimônio: vocação para a santidade.

Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: “Levanta-te, minha irmã, oremos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve.” Ela se levantou e começaram a orar e a pedir para obterem a salvação. Ele começou dizendo: “Bendito sejas tu, Deus de nossos pais... Tu criaste Adão e para ele criaste Eva, sua mulher, para ser seu sustentáculo e amparo, e para que de ambos derivasse a raça humana. Tu mesmo disseste: ‘Não é bom que o homem fique só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele.’ E agora não é por desejo impuro que tomo esta minha irmã, mas com reta intenção. Digna-te ter piedade de mim e dela e conduzir-nos juntos a uma idade avançada.” E disseram em coro: “Amém.” E se deitaram para passar a noite. (Tobias 8,4-9)

Matrimônio, aquele canonicamente válido, é um território santo! Como Moisés que precisou tirar as sandálias dos pés diante da sarça ardente, você, sua casa e sua família são solo sagrado! Essa é a sua vocação, e nela você só alcançará a santidade se viver a vida matrimonial de forma plena. Estar aberto à vida é o primeiro passo, porque só há uma família onde há filhos. Um casal não é uma família. Isso exige dos esposos uma doação de vida total. É mais que sustentar um filho, é dar de si! É imitar Cristo, porque foi Ele primeiro que se doou para que possamos ter acesso à Vida Eterna. Você vai doar sua vida, usar todo seu conhecimento, aprender coisas novas para cuidar e educar aquela pequena alma que Deus te confiou. Você vai ter acesso a uma das mais belas formas de amar! O resultado disso é a paz.


Paralelamente a abertura à vida, a plenitude da vida matrimonial exige fidelidade. Pode parecer difícil e até impossível ligar-se por toda a vida a um ser humano. Porém, a característica real do amor verdadeiro, aquele criado por Deus e não o "amor" criado pelas pessoas, é realmente o caráter definitivo. Deus não te ama por um tempo, te ama pra sempre! Da mesma forma quando você declara amor por alguém esse amor precisa ser pra sempre. Amor não é sensação, emoção. As sensações acabam, a emoção acaba. O amor é eterno! Por isso é um mandamento de Deus. Você DECIDE amar, na saúde e na doença; na alegria e na tristeza. Se não fosse assim todo casamento acabaria se um dos cônjuges tivesse câncer (como continuar amando uma pessoa doente numa cama fazendo um tratamento que a está deixando fisicamente horrível? Além dessa pessoa não poder mais me satisfazer sexualmente devido à doença?) Aí brilha o verdadeiro amor!!! Você doa sua vida, sua saúde e sua juventude pra cuidar daquele que você prometeu amar, sem atrativo algum, sem sentimento algum. Amor é decisão. O sentimento acaba, o amor não. O resultado disso é a paz!


Lembre-se: você não se casou com uma pessoa pronta. Essa pessoa, da mesma forma que você, está em processo de aperfeiçoamento. Muitas vezes será necessário colocar uma placa com os dizeres: “Desculpe o transtorno, estou em construção.” É importante saber disso porque será mais fácil lidar com as limitações dessa pessoa, com as incoerências dela, com suas dificuldades. Nós não somos fruto do acaso. Somos resultado de toda uma história, história essa que deixou marcas, muitas delas difíceis de superar. Com o matrimônio, você assumiu a responsabilidade de caminhar junto e com isso ajudar seu cônjuge a ser melhor. Esse processo inclui, dentre outros esforços, pedir e dar o perdão (e isso sem a humildade é impossível) e respeitar a liberdade do outro. Aplicadas a esse contexto, são oportunas as palavras de Santa Teresa D’Ávila: “Digo-lhe que foi toda a minha salvação achar quem soubesse corrigir-me, tendo não só a humildade e caridade para se manter ao meu lado, senão paciência para aturar-me, ainda que eu de todo não me emendasse.” Livro da Vida, página 187. Peçamos ao Senhor um coração humilde, como o de Santa Teresa D’Ávila, capaz de alegrar-se sempre que formos corrigidos!


Sagrada Família, rogai por nós!

Vivianne Marques

5 comentários:

  1. PERFEITO!!!!!!!! Eu amei seu post Vivi! Não sei pq ando sentimental demais (mais do que o normal), chega chorei, rsrsrs... acho que é pq vou deixar papai e mamãe e vou passar a ser a mãe da história... hehe
    Beijos
    Te adoro!!

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  2. Que bom, Karine!
    Beijo, te adoro!

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  3. Excelente artigo, Vivianne!
    A recompensa da fidelidade ao sacramento estará no Reino dos Céus, onde terá uma plaquinha com os dizeres:
    OBRA CONCLUÍDA! CONSTRUÍDOS SOBRE A ROCHA!

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  4. Ianê Rodrigues Lemos11 de julho de 2011 às 17:12

    A DECISÃO é de suma importância para seguir a Deus, em seguida vem a OBEDIENCIA a Igreja. O matrimônio me ensinou a perceber o quanto tenho defeitos, e que é bem difícil aceitar as sugestões de mudança de comportamento. Mas já tomei a minha DECISÃO, quero o céu, então a placa de "DESCULPE O TRANSTORNO, ESTAMOS EM OBRA", já estou segurando. Parabéns pelo artigo Vivi, fique com Deus.

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  5. Deus seja louvado por esse artigo! Atualmente, venho compreendendo com muita clareza que a minha missão, assim como a dos demais cristãos, é testemunhar a favor de Cristo, pois Ele está sendo julgado sem ninguém com um testemunho a seu favor. Somente por meio do matrimônio, sob a graça da Igreja católica, o mundo poderá ser melhor, por meio da educação cristã que daremos aos filhos que Deus nos confia, filhos estes que ao contrário do que o mundo prega são bençãos e não entraves em nossas vidas!

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