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22 de março de 2011

Heterofobia, cristãofobia e famíliafobia

Há algum tempo assistimos estupefatos o bombardeio da mídia em relação à violência contra os homossexuais. A cena de um rapaz quebrando uma lâmpada fluorescente na cabeça de outro repete-se dia após dia, por meses representando o cúmulo da agressividade humana (a vítima seria homossexual e, supostamente, estaria sendo agredida por tal motivo). Acho que cabe uma reflexão: durante todos esses meses em que a notícia do dia foi essa agressão, ocorreram assassinatos aos milhares: pais e mães de família perderam suas vidas em assaltos, seqüestros ou simplesmente por puro prazer de matar de alguns viciados em entorpecentes & Cia; guerras e catástrofes estouraram mundo a fora; jovens tiveram interrompidas suas vidas, dada a violência urbana que o Estado não consegue conter. Se formos aos números, os dados são ainda mais alarmantes: dos cerca de 50 mil homicídios ocorridos no Brasil em 2010, 250 eram homossexuais; destes, apenas uma pequena parte (aproximadamente 50) foram comprovadamente assassinados por homofobia. Um percentual de aproximadamente 0,1% (talvez menos) dos homicídios foram cometidos por ódio aos homossexuais (atitudes essas, intoleráveis obviamente). A pergunta é: o que devemos combater? A violência (muitas vezes incentivada pela própria mídia em seus programas, novelas e filmes) contra todas as pessoas, indiscriminadamente, sejam eles heterossexuais ou homossexuais? Ou será que devemos criar leis especiais para essa parcela menor (0,1%) ignorando os outros 99,9%? Por que o ataque com uma lâmpada fluorescente contra um homossexual merece maior atenção por parte do estado e da mídia, do que o assassinato de um pai de família, por exemplo? Sinceramente, estou me sentido vítima de uma espécie de heterofobia, cristãofobia e famíliafobia!

A violência contra a integridade física e contra a vida precisa ser combatida como um mal em si. Não devemos, racionalmente, considerar que determinadas vidas tenham mais valor que outras, pelo simples motivo de tal vida optar por pertencer a uma determinada parcela da sociedade. O Estado deve se preocupar com todos os cidadãos igualmente. Porém, estranhamente, a maioria esmagadora da população (que é heterossexual) está sendo, de certo modo, perseguida. Se analisarmos os fatos, as leis que estão sendo propostas visam elevar os homossexuais acima dos heterossexuais. Basta conhecer o teor da PL 122 de autoria da ex-deputada petista Iara Bernardes (dentre outros projetos de mesmo viés), que tramita no Congresso e visa dentre outros absurdos, tornar crime a sua simples opinião filosófica contrária à prática homossexual. Em outras palavras, a passagem bíblica que condena tal prática, deverá ser abolida da Bíblia ou, se lá permanecer, não poderá ser lida e nem contar com adeptos, pois os mesmos passariam à condição de criminosos (é o crime de opinião voltando à tona no Brasil, desta feita, protegendo os homossexuais). Resolvi escrever este artigo, antes que tal projeto torne-se lei... pois pelo menos a lei não retroage para prejudicar o réu (e espero que isso não mude também, pois se aprovada tal aberração, eu passaria à condição de réu).

A imprensa faz alarde à menor palavra que seja proferida, ainda que lógica e respeitosamente, contra um homossexual (que não possuem, na maioria das vezes, a mínima abertura ao debate crítico de idéias). Ao passo que as famílias são sutilmente destruídas em seus valores... Milhares de cristãos morrem no mundo (esses sim, por ódio declarado ao Evangelho). Pais e mães de família são assassinados pelos motivos mais torpes... Tudo isso sem que ninguém faça nada! 99,9% da população padece de forma quase ignorada pelo Estado e pela mídia, para que se criem mecanismos de proteção exclusiva aos 0,1%.

Meus caros, a violência precisa sem combatida sempre. O tráfico precisa ser combatido, os roubos precisam ser reprimidos. Assassinatos não podem se tornar banais em nossa sociedade. O racismo e a discrimanção não podem existir em um país democrático de população majoritariamente cristã. A verdadeira luta é contra o mal e em defesa da vida e integridade das pessoas. A verdadeira luta é pela dignidade humana. A luta não pode ser apenas contra o mal praticado face a uma parcela exclusiva da população, seja ela qual for. Rezemos pelas vítimas da violência em todo o mundo, mas sem a hipocrisia fantasiosa criada para defender uma minoria em detrimento à maioria!

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

6 comentários:

  1. Sobre os homossexuais, eis o ensinamento da Igreja: "As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã." (Catecismo da Igreja Católica, § 2359)

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  2. Gostei bastante
    é raciocínio obvio ,pena nem todos atentarem pra esta questão e outras mais !

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  3. Defender a descriminação de homoxessuais não é liberdade de expressão

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  4. Caro Daniel, concordo contigo e o ensinamento da Igreja Católica é de acolhida e não discriminação. Agradeço o comentário e tomo a liberdade de explanar um pouco mais sobre a doutrina católica: conforme o ensinamento de Cristo, repetido pela Igreja há aproximados 2000 anos, acolhe-se a pessoa e não seus comportamentos. Acolhe-se um adultero, porém com a finalidade de orientar-lhe à fidelidade; acolhe-se um dependente químico, porém com a finalidade de livrá-lo do vício; enfim... a acolhida dirige-se a todas as pessoas e não a todos os comportamentos, vícios, opções ou filosofias. Portanto não há que se falar em discriminação de homossexuais, mas em repreensão à prática e ao comportamento homossexual (que fere a moralidade cristã e a palavra de Deus). Repreensão essa, que no ensinamento cristão não admite o uso de violência ou injustiças, pois o fim jamais servirá para justificar os meios. Abraço!

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  5. Deve ser horrível a sensação de não poder segurar a mão de quem você gosta por causa de pessoas que ainda não se arrependem de serem tão desumanas em relação a sentimentos. Mas deve ser extremamente lindo quando você não liga pra isso e o que você faz é espalhar amor. Eu nunca entendi essa de um ser humano não poder amar outro ser humano seja ele qual for. Porque um é mais alto que o outro, porque um é mais velho que o outro, porque um é de cor diferente do outro ou porque eles são do mesmo sexo. A melhor coisa que existe, se você puder abrir um pouco a sua mente, é ver que as pessoas ainda podem se amar. Não existem homens, mulheres, gays ou lésbicas… existem pessoas. Eu só queria que parassem de reprimir o amor seja qual for o jeito dele se manifestar. Ninguém aqui está pedindo que você mude sua opinião ou mude a educação que lhe foi dada, o pedido aqui é de respeito. Se você realmente não consegue fazer isso por si e pelos outros, pense como um cachorro ou como uma criança, que conseguem ser amadas por todos ao não entenderem o que é preconceito e racismo. Pois realmente não há porque entender a prática disso. No final deste texto, você pode me chamar do que quiser e achar que pode me ofender da maneira que for mehor pra si, eu não ligo, assim só vou saber que você leu e realmente torcer pra que você tenha entendido a mensagem. Uma mensagem de respeito por quem sabe amar.

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  6. Luiza, não te ofendi nem no texto do artigo, muito menos o farei no comentário agora. Também não estou desrespeitando ninguém pela forma que escolheu viver. A análise feita no artigo é respeitosa. Trata-se de um debate crítico de idéias, sem ofensas pessoais! Sinceramente não compreendo o motivo de você se fazer de vítima. Sou absolutamente contra a violência física ou moral. A questão é: devo ser contra a violência que fere a todos, ou exclusivamente à que fere aos homossexuais? Estabelecendo-os acima do bem e do mal? A reflexão é somente essa! Não cito pessoas, difamando-as e nem incito ninguém à violência (que, repito, sou totalmente contra).

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