Todo batizado é profeta e todo profeta deve falar!

Quando se juntam os pauzinhos, sobra paulada para gente inocente, pois o dono dos pauzinhos é Satanás e é ele quem sugere a criação de histórias que mesclem verdades e mentiras para, no final das contas, usar tal argumentação para denegrir alguém (geralmente esse alguém está, de alguma forma, comprometido em combater o mal)... é sempre o mesmo jogo e é ingênuo quem cai nesse tipo de armadilha.

Sugestão: não dê ouvidos a seus ouvidos e nem dê atenção a seus próprios olhos, sem antes analisar cuidadosamente o que está acontecendo. Na hora em que suposições gratuitas chegarem a sua mente e ao seu coração, procure ‘tirar a história a limpo’ com a própria pessoa... Na sinceridade! Para não acontecer de você cometer injustiças contra a mesma! Caso conclua haver pecados no ato da pessoa, combata os pecados, tente frear o ato mau, em vez de perseguir e denegrir a pessoa gratuitamente. Se a pessoa optar por abraçar o mau, resistindo a todo processo corretivo ensinado por Cristo (Mt. 18, 15-17), considere-a como uma pessoa pagã, também seguindo o ensinamento de nosso Senhor (Mt. 18,17).

Muitas vezes nossos próprios olhos nos enganam. Certamente já lhe ocorreu de observar uma determinada cena, tirar desta cena suas conclusões e mais tarde perceber que suas conclusões estavam redondamente equivocadas (apesar de você julgar ter assistido a tudo)! Vamos a um exemplo hipotético: você vê dois conhecidos seus, discutindo; um deles ergue a voz e insulta gravemente o outro, humilhando-o na frente de todos. Você, assistindo à cena, chocado, logo trata de tomar partido da vítima dos insultos e na primeira oportunidade que tem, difama o agressor, com a “boa” intenção de precaver as pessoas no relacionamento social com tal “monstro”. Os anos se passam, o “monstro” morre e a “vítima dos insultos” vem a público, com a consciência pesada, esclarecer que era merecedora de todos aqueles insultos (e, talvez mais), pois em outro momento (que ninguém sabia), havia cometido injustiças sem precedentes contra o agressor, havia cometido pecados terríveis contra Deus e o próximo e que, portanto, o que o suposto “monstro agressor” fazia, era promover justiça e tentar alardear o amigo, para que se arrependesse e voltasse atrás, uma vez que já havia tentado de outras formas, sem sucesso! Nessa situação hipotética, como ficaria sua consciência ao saber que condenou e difamou um justo, para compadecer-se e proteger uma pessoa desonesta e desleal? Ora, meus caros, se dos nossos próprios olhos não podemos tirar conclusões, sem antes pesquisar a fundo o que realmente está ocorrendo e em que contexto se encontra cada situação que apreciamos... o que dizer daqueles que tiram conclusões com base no que os outros viram e disseram?!

Em muitos momentos, em nosso blog, vocês se depararão com textos “agressivos”... Trata-se de uma justa agressividade contra os atos que ofendem a Deus e a Igreja. Em muitos momentos também, vocês assistirão cenas “agressivas” da parte dos que querem evangelizar... trata-se do zelo pela casa do Pai que os (nos) consome (João 2, 15-17). Cristo não é e jamais será, um ser ingênuo, que usa de misericórdia quando o momento clama por justiça, que usa palavras brandas quando o momento exige aspereza. Expressões como: hipócritas, sepulcro caiado, raça de víboras... Atos como: fazer um chicote, derrubar o comércio no templo, denunciar a maldade das pessoas em público, humilhando-as... Levar toda essa “agressividade” ao extremo para quem as mereça... são atitudes comuns tanto na vida de Cristo, quanto na dos santos e profetas, em todos os tempos e lugares... Atitudes, sobretudo, necessárias nos dias de hoje, onde cada qual está mais preocupado com seu próprio mundo, sem compromisso com Deus, com a Igreja e com o próximo. Pensando que o dinheiro compra tudo, que a medicina resolve tudo e que a ciência tem todas as respostas... Deus passou a ser um conto; a Igreja, um lugar; e o próximo, alguém que você ajuda somente na medida em que ele poderá te ajudar em um breve futuro. Pessoas de tal sorte acomodadas e que, ingenuamente, acreditam estar vivendo o Evangelho e amando a Deus sobre todas as coisas, precisam despertar. Precisam de um alarme! Alguém precisa erguer a voz e dizer que desobedecer à Igreja Católica é desobedecer ao próprio Cristo. Alguém precisa dizer que quando a Igreja afirma ser contra o homossexualismo, os anticoncepcionais, o aborto, a eutanásia dentre outros assuntos que geram polêmica, ela não está brincando, mas falando em nome de Deus! Alguém precisa alardear que atentar contra os bons costumes cristãos, é atentar contra o Reino de Deus... Geralmente quem promove tais alardes, o faz de forma direta, porém, quem recebe o alarde, julga-o inconveniente e por tal motivo, o profeta passa a ser perseguido! E isso jamais mudará (João 15,20).

Resumindo: o profeta, apesar de fraco, limitado e pecador, além de reconhecer e combater seus próprios pecados, dirige-se às pessoas de forma direta e objetiva (muitas vezes, severa), com intuito de fazê-las mudar de vida e salvar suas almas... Ao passo que as pessoas atacam indiretamente: criando intrigas, fofocas, acrescentando "pequenas e inofensivas" mentiras à realidade... Perseguindo o profeta, com o intuito de fazer com que muitas almas deixem de ouvi-lo, por considerá-lo agressivo, radical e inconveniente! Em qual dos dois perfis você (batizado, portanto, chamado a ser profeta), tem se encaixado?

Que Aquele Justo que morreu na cruz, te conduza nessa reflexão. Amém!

Na paz de Jesus e no amor de Maria,

Jeansley de Sousa