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15 de dezembro de 2010

Em clima de Natal – um passeio pelo primeiro presépio da história!

Amigo leitor, convido-vos a uma viagem. Um maravilhoso passeio. Convido-vos a voltar no tempo... Retornaremos, nas próximas linhas, à era Medieval, precisamente ao ano de 1223, para encontrarmo-nos com um certo homem de vida simples e espiritualidade elevadíssima da cidade de Assis, na Itália. Homem cuja história é por muitos conhecida e, de diferentes maneiras, narrada. Trata-se de São Francisco de Assis, também conhecido como São Francisco das Chagas!

Muito se ouve dizer de seu desprendimento dos bens desse mundo, característica comprovada pelo fato de Francisco ter se desfeito das riquezas que possuía, em favor dos mais necessitados. É comum ouvirmos também de sua ousadia na caridade, ao abraçar e beijar um leproso e servi-lo com tal amor, como se servindo estivesse, ao próprio Senhor! A vida de São Francisco é, de fato, encantadora! De tão bela, chega a ser facilmente transformada em poesia, em música, em livros e filmes! E, neste tempo de proximidade do Natal que estamos vivendo, nada melhor que deleitarmo-nos na história deste símbolo tão significativo para nós cristãos, criado pelo nosso querido São Francisco: o presépio. Boa viagem!

Corria o ano de 1223, o pobre de Assis naquela véspera de Natal havia preparado uma enorme encenação do nascimento de Jesus, para que o povo simples pudesse melhor compreender tal maravilha, na liturgia daquela noite que seria por ele mesmo celebrada. Francisco teve o cuidado de transportar para a floresta Greccio, nas proximidades de Assis, uma enorme manjedoura, além de um boi e um burro, procurando aproximar, ao máximo, o ambiente em que se encontrava, do verdadeiro espírito natalino. Não existiam luzes, senão as do céu estrelado. Não existiam coros natalinos, senão o som dos animais. Não existiam árvores de Natal, senão os autênticos arbustos da região. E nesse clima, envolto em imagens e orações, os irmãos dos eremitérios circunvizinhos à floresta, punham-se a rezar, aguardando ansiosos, o momento tão anunciado por Francisco desde a tarde: a chegada do menino Jesus!

Começava a cair, na floresta de Greccio, a noite daquele 24 de dezembro, mas nem mesmo o frio daquela noite, seria suficiente para apagar o calor dos corações inflamados de moradores das regiões próximas, que acorriam de suas casas, empunhando tochas e cantando, fazendo a montanha onde se encontrava o pobre de Assis tomar o aspecto de uma avalanche de chamas, chamas que ao invés de descer, subiam... e subiam como verdadeiras preces aos céus, trazendo de lá, todo o encanto do Criador!

Francisco celebrou a liturgia daquela noite nos seus trajes de diácono e, em determinado momento da celebração, após anunciar o Nascimento do Senhor, passou a repetir incansavelmente e quase em prantos: – Amor, amor, amor... E, após alguns minutos repetindo tal palavra, já sereno, passou a dirigir-se a alguém dentro do presépio, que a multidão não podia ver, mas certamente compreendia... E Francisco, tomado de amor pelo que via, pôs-se a cuidar do menino-Deus que, naquela noite, nascia no coração de muitos ali presentes e incendiava por completo, o coração do pobre de Assis!

Nesse espírito... o verdadeiro espírito natalino, a noite parece eterna. Eterna alegria! Eterno amor! Bem-vindo Jesus!

Que Ele nos encontre honestos, justos, leais, para que possa então, habitar os nossos corações!

Na paz de Jesus e no amor de Maria,
Jeansley de Sousa

3 comentários:

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  2. Jeansley, antecipadamente,16 de dezembro de 2010 às 08:29

    Um Feliz Natal a todos!

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  3. RAPAZ, continuar desse jeito vou chorar. Que Deus te abençoe.

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